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2.4.15

OUTRO QUE NADA SABE!

Brasileiros poderão colaborar com informações em ação na Corte de Nova York contra a Petrobras


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O desgoverno nazicomunopetralha pode fazer a manobra de bastidores que quiser, no Judiciário brasileiro, para tentar conter o risco de condenações dos envolvidos no Petrolão, sobretudo aqueles com foro privilegiado, que têm tudo para acabar absolvidos, "por falta de provas", no Supremo Tribunal Federal. No entanto, as artimanhas não funcionarão na 13a Vara Federal em Curitiba, e muito menos na Corte de Nova York, onde corre um processo de investidores lesados contra dirigentes da Petrobras. A ação cita a Presidenta Dilma Rousseff e o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega como pessoas de interesse para o processo, mas não os indica como réus. Pelo menos ainda...

Um dos advogados responsáveis pela ação contra a Petrobras, Jeremy Lieberman, poderá requisitar o concurso de acionistas e investidores brasileiros para fins de depoimento na Corte de NY. Lieberman tem repetido argumentos sólidos a favor de uma condenação no caso Petrobras nos EUA: "É inconcebível que os executivos seniores, diretores e auditoria não tivessem conhecimento da natureza dessas operações e dos danos que elas trariam a seus investidores. Um esquema de pagamento de propina e lavagem de dinheiro sem precedentes prevaleceu em cada esquina da Petrobrás".

A queixa consolidada da ação coletiva contra a Petrobras nos EUA cita 15 pessoas como réus, entre elas os ex-presidentes da companhia Maria das Gracas Foster e José Sérgio Gabrielli. A bronca também atinge a PwC (PriceWaterhouseCoopers), responsável pela auditoria dos balanços financeiros da petrolífera. Além da Petrobras, são acusadas a Petrobras International Finance Company (PifCo) e a Petrobras Global Finance (PGF), subsidiárias da petrolífera estabelecidas no exterior. Além de Graça e Gabrielli, também é citado como réu o poderoso Almir Barbassa — que foi diretor financeiro das empresa entre 2005 e este ano. Também são acusados 12 executivos da Petrobras e 15 instituições financeiras, que subscreveram emissões da Petrobras, de serem corresponsáveis no esquema.

A ação, que pode chegar a mais de US$ 100 milhões em indenizações, beneficia qualquer investidor que tenha adquirido papéis da Petrobras, incluindo títulos de renda fixa emitidos no exterior, entre 22 de janeiro de 2010 e 18 de março de 2015. O processo foca um “esquema multibilionário de corrupção e lavagem de dinheiro, que durou vários anos e foi escondido dos seus investidores”. Quem lidera o processo é o escritório de advocacia Pomerantz, que representa o Universities Superannuation Scheme (USS), o maior fundo de pensão da Grã-Bretanha que foi apontado como líder do processo.

Os alvos prioritários na denúncia internacional dos investidores são as caixas pretas das Sociedades de Propósito Específico, firmadas pela Petrobras com transnacionais brasileiras e estrangeiras, com destaque para o caso Gemini e o aluguel de plataformas). Nesta dança também entram os contratos de terceirização de mão de obra (que podem ser fontes milionárias de mensalões), sem falar nos claros conflitos de interesse entre governo, membros dos conselhos de administração e empresas que fazem negócios com a Petrobras.

Merecem investigação séria e isenta vários focos de prejuízos no sistema Petrobras: o caso Pasadena, a BR Distribuidora, PFICO (braço financeiro internacional da companhia), Fundo BB Millenium 6 (e outros menos votados), a refinaria Abreu e Lima (também a mais votada entre outras que merecem investigação por superfaturamento), o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (que corre o risco de ser tudo, menos petroquímico).

A emblemática frase do comissário Rui Falcão ("É impensável que a gente possa ser acusado de corrupção") só vale aqui no Brasil da Impunidade e da Mentira. Na Corte de NY, o bicho vai pegar...

Vaccari indo para o brejo

Envelhecido, muito mais magro, e com barbinha estilo petista, um abatido doleiro Alberto Youssef detonou, de vez, com o PT, o PP, o tesoureiro petista João Vaccari Neto e as empreiteiras Toshiba, Brasken, Odebrecht e Andrade Gutierrez e Engevix. Ninguém se surpreenda se a 12a Operação processual da Lava Jato, a ser anunciada em breve, atingir, em cheio, dirigentes dessas empresas que fazem questão de negar qualquer envolvimento com as denúncias de Youssef. O maior temor petista é uma prisão preventiva de seu "Secretário Nacional de Finanças".

O doleiro Alberto Youssef afirmou ontem, em depoimento espontâneao na Justiça Federal, que as empresas Odebrecht e Braskem depositavam as propinas relativas ao esquema de corrupção da Petrobras no exterior. Os recursos teriam sido usados para alimentar as contas do PP e do PT. O doleiro também afirmou ter entregado, a pedido de fornecedoras da estatal, propina em dinheiro no seu escritório, na Zona Sul de São Paulo, e na porta do prédio do Diretório Nacional do PT, também em São Paulo:

"Eu cheguei a usar uma das empresas do seu Waldomiro (laranja de Youssef) para fazer uma operação para (a empresa) Toshiba onde eu pude, então, não só pagar o Partido Progressista (PP), mas também pagar o Partido dos Trabalhadores (PT). Foram dois valores de R$ 400 e poucos mil que foram entregues, a mando de Toshiba ao tesoureiro João Vaccari (Neto)".


Inédito

Pela primeira vez o doleiro Alberto Youssef diz em depoimento ao juiz Sérgio Moro, que recebeu dinheiro no exterior para pagar políticos do PP e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, de 2010 a 2014, oriundo das empreiteiras Brasken, Odebrecht e Andrade Gutierrez e Engevix:

"Reconheço meu erro. Resolvi fazer colaboração espontaneamente e retificar outros depoimentos. Eu era meramente engrenagem desse processo todo, tinha o poder público por trás disso tudo. Estou pagando que que fiz. Já estou preso há mais de um ano e não sei por quanto tempo ainda ficarei preso, mas infelizmente acabei de me envolvendo mais uma vez num escândalo".

Youssef deu até os nomes dos diretores da Odebrecht que autorizavam as operações do doleiro no exterior:

"Era o senhor Márcio Faria, presidente da Odebrecht Óleo e Gás, o Cesar Rocha que era diretor financeiro da holding. Pela Brasken, que é do mesmo grupo, que o contato era o Alexandrino (Alencar)".

Os pagamentos

Youssef revelou que a primeira parcela da propina foi retirada pela cunhada do tesoureiro do PT, Marice Correa de Lima, em seu escritório.


O segundo valor foi entregue na porta do prédio do Diretório Nacional do PT, em São Paulo, pelo funcionário do doleiro, Rafael Ângulo, a um representante da Toshiba, que teria repassado o dinheiro a Vaccari.

Ninguém se surpreenda se o juiz Sérgio Moro pedir a prisão preventiva de Vaccari, nas próximas horas.

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