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4.4.15

PLANO PRA SALVAR DILMA


sexta-feira, 3 de abril de 2015

PMDB já articula com empresários plano realista para Dilma abandonar o PT, se quiser salvar seu desgoverno



Dilma Rousseff tem uma saída para tentar o milagre de recuperar a governabilidade perdida: abandonar o PT e se filiar, imediatamente, ao PMDB, que faria uma profunda reforma no governo e garantiria a base de sustentação para ela no Congresso Nacional. Tal "alternativa", que parece sugerida pelo gestor de um hospício, vem sendo tratada, com toda seriedade, em reuniões dos peemedebistas com grandes empresários que lhes dão sustentação.

A proposta doida esbarra em um problema prático: a teimosia radical de Dilma Rousseff. Por seu temperamento e personalidade, dificilmente, ela aceitaria sair do PT e ingressar no PMDB, mesmo que esta fosse ou parecesse a condição única para sua "salvação" política. O fato de tal "loucura" ser cogitada seriamente demonstra bem a dimensão e gravidade do impasse institucional no Brasil. O desespero fala mais alto! Sempre governista, o PMDB arquiteta uma jogada de sobrevivência para si mesmo, diante do quase inevitável desastre fatal do PT, com o avanço dos processos da Lava Jato na 13a Vara Federal em Curitiba. O PMDB sabe que o desastre petista tem tudo para destruí-lo junto...

Na cúpula dos podres poderes da nossa república de mentirinha, já se sabe que os próximos movimentos do juiz Sérgio Moro vão atingir gravemente as principais lideranças do Partido dos Trabalhadores, em especial Luiz Inácio Lula da Silva, José Dirceu de Oliveira e Silva e o "tesoureiro" João Vaccari Neto. Uma das mais cuidadosas linhas investigatórias da Força Tarefa do MPF levanta dados concretos sobre como o clube de empreiteiras abastecia de recursos aquele esquema (que parece em esquecimento judicial) coordenado por Rosemery Nóvoa Noronha - amiga de Lula e Dirceu que ocupou a chefia de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo.

Outra bomba que Sérgio Moro pode detonar, a qualquer momento, é um foco nas operações da Lava Jato feitas pela maior transnacional brasileira: a Odebrecht. Até agora, a empresa é apenas citada. Nega todas as acusações ou suspeitas. A situação pode ficar ainda mais explosiva caso se confirme que a Força Tarefa também tenta juntar as pontas de negócios feitos na Petrobras em parcerias com o poderoso grupo BTG, do empresário André Esteves, classificado nos meios políticos como outro grande aliado pessoal de Lula, com tanto ou mais peso que Marcelo Odebrecht. Se Sérgio tiver condições jurídicas e políticas de mexer com André e Marcelo, a situação fica feia para Lula, Dirceu, Rose e Vaccari.

Quando a bomba vai estourar? Eis a pergunta que nunca se responde. O fosse é sem fundo. A insustentabilidade política fica mais evidente quando a conjuntura econômica se deteriora. Carestia, inflação, juros altos, impostos impactando quem trabalha e produz, desemprego descontrolado, inadimplência das famílias, descrença e desconfiança no governo - tudo isso contribui para aumentar a insatisfação da opinião pública. Também alimenta um perigoso clima que mistura raiva e desesperança, abrindo caminho para "soluções" autoritárias...

Mal comparando, a situação do governo Dilma é igual ou pior que aqueles tanques de combustível que queimam, sem parar, na região industrial portuária, em Santos: tudo parece absolutamente fora de controle. E os "bombeiros" políticos ainda jogam mais gasolina para alimentar o fogo do inferno... A presidenta se transformou em um churrasquinho no espeto do PT torrando na churrasqueira do PMDB. Dilma parece irremediavelmente queimada, mas pode terminar completamente incinerada politicamente. Um governante com apenas 12% de popularidade não consegue dormir direito, e tende a somatizar, negativamente, tamanha pressão contrária...

Dilma sobreviverá? O PT joga com o tempo. A tática é empurrar as situações críticas para frente, evitando desfechos trágicos imediatos. No caso dos problemas criminais contra seus dirigentes máximos, a intenção dupla é se defender com manobras judiciais protelatórias. Quanto mais tudo demorar a acontecer, melhor: as penas em eventuais condenações acabam prescrevendo. Ninguém poderoso fica preso - igual no Mensalão... Além disso, como a sacanagem é generalizada, os petistas apostam que a onda "denuncista" também atinja a "oposição" ou os "aliados inconfiáveis". Assim, com as broncas afetando todos, o efeito punitivo se dilui...   

Ao mesmo tempo, temendo o que possa acontecer, em variados formatos possíveis de golpes, o partido inflama a militância mais radicalóide, formada por agitadores profissionais, e mobiliza seus "exércitos" revolucionários, bem financiados e muito bem treinados para situações reais de conflito armado. Além disso, o partido conta com defensores explícitos ou ocultos na máquina que aparelhou nos três poderes, principalmente no Ministério Público, no Judiciário e, até, nas Forças Armadas e demais aparelhos repressivos do Estado - incluindo as polícias e a máquina fiscalizatória.

O PT parece, porém ainda não está completamente morto. Parece mais uma espécie de moribundo que não pretende, em hipótese alguma, deixar a própria carne apodrecida se separar do osso "inlargável" do poder. Um monstro assim não tem escrúpulos nem pudores para triturar adversários e inimigos. Vale tudo pela sobrevivência do cadáver politicamente insepulto. Por isso, nosso impasse institucional assume tons mórbidos e morféticos que podem ser agravados pelos efeitos psicossociais negativos de uma crise econômica de dimensões nunca antes vista na história do Brasil.

O grande medo concreto da cúpula do desgoverno são as manifestações populares nas ruas. Tal movimento, quando se amplia, costuma sair do controle. As passeatas agendadas em todo o País para o próximo dia 12 de abril tendem a ser maiores que os gigantescos protestos de 15 de março. Estruturalmente, a ação das massas ordeiras não derruba o governo automaticamente. Mas o processo gera uma consequência imagética, para o País e o mundo afora, de que a insatisfação se torna majoritária.

Se a crise política e econômica se agravar, o governo não se sustenta. Quando o PTitanic vai afundar completamente? Já naufragou... Mas a orquestra continua tocando a marcha fúnebre em ritmo de funk, enquanto a cúpula partidária tenta rebolar, segurando em várias bóias de salvação - que podem ser reais ou miragens. O maior drama hoje da cúpula petista é que, se tentar um golpe radical de sobrevivência, tem certeza de que o PMDB, com Renan Calheiros, Eduardo Cunha e Michel Temer, vai reagir e lhe roubar o poder federal.

O PT e Dilma, como reféns, são dejetos aguardando o aperto da descarga de alguma espécie de "juízo final" - seja do judiciário ou da própria História. O triste e lamentável é que - querendo ou não - somos obrigados a navegar com eles dentro do mesmo vaso sanitário.

Dependendo do laxante-purgante, somos nós, os cidadãos-eleitores-contribuintes, quem sentimos os efeitos mais perversos de tanta cagada sistêmica cometida contra um País que tem condições de ser Potência Mundial, mas que insiste em permanecer subdesenvolvido, como mera colônia de exploração miserável, apesar das riquezas.

O governo do crime institucionalizado não tem a menor vontade de deixar de nos escravizar... Até quando aceitaremos ser coniventes com ele, sem uma reação orgânica e estrutural?    

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