- Se o seu banqueiro suíço falasse...
- Antônio e a Anta
- Governados por assassinos e ladrões
- A "Casa do Povo"
- "Di" Menor - inocente ou delinquente
- Desculpe, Neide!
- Ai de ti, Brasil (Homenagem a Rubem Braga)
- Moralidade: Ações por um Brasil digno e democrático
- Os novos malignos
- Movimento Terra, Trabalho e Liberdade
Posted: 13 Jun 2015 04:42 AM PDT
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Os grandes escândalos no Brasil, em geral, são descobertos e desvendados por iniciativas de fora para dentro do País. A Operação Lava Jato retoma tal rotina. Agora, duas contas controladas na Suíça por Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras que sempre negou em juízo guardar dinheiro no exterior, podem ser a pontinha para escancarar, de forma definitiva, como brasileiros (ricos ingênuos ou corruptos profissionais) driblam o fisco e escondem US$ 400 bilhões de dólares em bancos suíços. Para nossa vanglória, ganhamos até dos hermanos argentinos, que guardam US$ 200 bilhões lá pelas bancas dos alpes.
O escândalo do HSBC e o da FIFA são uma pontinha do iceberg. O governo dos Estados Unidos da América forçou o poderoso UBS (União de Bancos Suíços) a fornecer os nomes de 52 mil clientes que seriam titulares de contas ilegais. Embora contrariada, o UBS será forçada a abrir o bico, sob o risco de ser impedida de atuar no mercado norte-americano - onde obtém um terço de seus lucros. A mesma medida por ser aplicada a outros bancos suíços, apesar de uma manobra desesperada de políticos conservadores de lá para colocar o segredo bancário protegido pela Constituição Federal.
A lei de 1934, que formalizou um procedimento de sigilo que imperava desde 1714, acaba de virar pó, depois de tantos escândalos e evidências de que o dinheiro guardado na Suíça, geralmente oriundo de corrupção ou de ações do crime transnacional organizado, também ajudava a financiar o terrorismo. A queda das Torres Gêmeas em Nova York, simbolicamente, gerou a derrubada formal do tão propagandeado "segredo bancário suíço". Além dos EUA, a União Europeia também joga a favor do fim dos paraísos fiscais pelo mundo afora. O encarregado do departamento do Tesouro britânico, Alistair Darling, já apelou aos suíços para se ajustarem às leis fiscais e bancárias europeias...
Parece previsível a derrocada do império financeiro suíço e de outros, em Luxemburgo, Caribe ou o extremo Oriente. A próxima reunião do G-20 em Londres vai debater sanções contra os libertinos mercados financeiros "offshore". Os grandes bandidos políticos brasileiros, e alguns ricaços sem noção do perigo, que escondem muito dinheiro lá fora, têm motivos concretos para perder o sono. As agências de inteligência norte-americanas já têm um mapa completo de quem figura na lista de grandes depositantes.
O medo concreto de alguns brasileiros corruptos (ou idiotas mesmo) é serem pegos de surpresa pelo FBI, no meio de alguma viagem turística ou de negócios, e acabarem presos - como aconteceu com o ex-vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol e ex-conselheiro da FIFA, o brasileiro José Maria Marin. Por medida de segurança, os bandidos que podem, estão confiando que podem se proteger com passaportes diplomáticos (obtidos na base da politicagem e do tráfico de influência). No entanto, o Tio Sam adverte que a manobra pode não funcionar a partir de agora, com toda a safadeza devidamente mapeada.
Os próximos meses serão de muita tensão para os corruptos (e para os idiotas, também)!
Excelências
O jornalista Claudio Julio Tognolli denuncia a ordem do ofício acima - que deixa os agentes federais pts da vida com seus superiores, ao serem obrigados a tratá-los como "Vossas Excelências" - mesmo tratamento dispensado aos magistrados...
Tognolli lembra o ensaísta mexicano Octavio Paz - cuja tese advertia que "a primeira forma de corrupção se dá na linguagem"…
Impor o pronome de tratamento para delegado de polícia é mais uma das grandes obras da Era nazicomunopetralha...
Incompetentos
Doando a quem doer
União forçada
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O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento. © Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 13 de Junho de 2015. |
Posted: 13 Jun 2015 06:33 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira
No dia do santo onomástico de amigos queridíssimos, é necessário fazer um paralelo entre o ubíquo e a fera.
O primeiro é santo casamenteiro; ela, rainha da mentira, nos provoca ira.
A querela é que não conseguimos nos divorciar dela.
Desse desarranjo, não nos salvam nem os protegidos por Miguel Arcanjo.
Um, exemplo de varão português; a outra, de desfaçatez.
O divo, enterrado em Pádua; a gorda agoniza no alvorada.
Ele, de lígua incorrupta; a Anta, ao contrário, paladina do bestiário: do língua presa ao Zé Beleza.
Se o TCU a fizer TNCU, tornar-se-á uma Pizzolanta?
Enfim, já encheu o saco. Que tal umas férias no Buçaco?
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
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Posted: 13 Jun 2015 04:37 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Márcio Accioly
O Brasil é o país da mesmice, que se repete ad aeternum e sobre o qual as mesmas coisas são escritas todos os dias sem que se tome qualquer medida saneadora. Aqui, nada deu certo e jamais dará. O país produz certo cansaço porque basta repetir diariamente tudo aquilo de mais desmoralizante que já se escreveu sobre ele, seja nos últimos dias, meses ou ano, pois os fatos são recorrentes e a população se acostumou à bandalheira. Ninguém possui a menor noção de dever, direito ou cidadania.
Diariamente, basta se adicionar ao noticiário o escândalo atual. Ele terá a mesma característica dos demais e os mesmos personagens. O que de melhor aconteceu no Brasil foi a internet, porque agora sabemos nomes e detalhes dos assaltantes do dinheiro público, embora eles cumpram penas ridículas e continuem roubando com a vantagem de poder sair da cadeia no dia dos pais, das mães, dos namorados e dias assemelhados, já que os próprios ladrões na maioria esmagadora dos casos é que elaboram as leis. Mas o pior de tudo é verificar que quem deveria dar declarações sensatas e enriquecer o nível de informação das pessoas concorre para desmontar a ordem e desmoralizar as instituições. O jornalista Paulo Francis (1930-97) escreveu há muitos anos um artigo na Folha de S. Paulo em que dizia que as pessoas costumam ficar de queixo caído quando enxergam alguma celebridade nas ruas e tendem a seguir seus conselhos por mais disparatados. Dizia, ainda, que acompanhava entrevistas concedidas por tais celebridades e o que impressionava era o grau de desconhecimento exibido a respeito de tudo, o vazio cultural e a desinformação plena. Às vezes, aparecia algum que sabia das coisas, mas que optava deliberadamente pela mentira, gravitando em torno dos próprios interesses. Outros, ao contrariarem forças corporativas, corriam o risco de exclusão de contratos ou vantagens que pudessem auferir. O mundo, finalmente, pertence aos medíocres! Ele se referia a famosos atores e atrizes de cinema que, pelo simples fato de aparecerem nas telas, eram considerados como deuses, ditando normas, regras e padrões. De lá para cá, nada mudou. O agravante é que a televisão jogou para dentro dos lares das pessoas uma cambada de marginais impondo posturas e valores, inclusive de natureza sexual, banalizando a pornografia e mudando as referências que transformaram o Brasil do século XXI num bordel de quinta categoria! Seria ótimo ouvir argumentos convincentes contrários, porque existe o convencimento de que a Rede Globo comanda, desde a sua fundação (fraudada com a bênção do regime militar, 1964-85), este horror em que se transformou nossa desmoralizada República, casa de prostituição e pouca vergonha onde não há referência moral nem difusão de atitude que se possa louvar. Pior: a emissora não consegue enxergar o óbvio, atolada na podridão moral que escolheu, pois será engolfada pelo mar da insatisfação geral que um dia virá no ritmo de alternância cuja estrutura dialética se constitui na essência do próprio funcionamento do nosso mundo. Pois esqueçam Chico Buarque, louvando as misérias de Cuba e os crimes impunes de Fidel Castro e o fedorento Che Guevara. Esqueçam o ator global petista Paulo Betti, justificando a roubalheira do PT e dizendo que Lula da Silva, o Lularápio, teria de “colocar a mão na merda” para fazer política (ele se banhou nela). Vejam o vídeo que corre no facebook, onde o ator global petista Sérgio Mamberti diz que a manifestação de quase dois milhões de pessoas na Avenida Paulista (SP) foi um “convescote de rico”. Ele ainda convoca os Black Blocs, deixando claro que é a tropa de destruição do PT, assumindo isso. Tem gente que envelhece e não aprende nada. O que se pode esperar deste país?
Márcio Accioly é Jornalista.
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Posted: 13 Jun 2015 04:36 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Luiz Sérgio Silveira Costa
Os políticos, no seu conhecido populismo, especialmente às vésperas de eleições, dizem que o Congresso é a “casa do povo”. Não é! É a casa deles, pois o que propugnam ou é bom para o bem deles ou para as suas reeleições. Por isso, a reforma política só ocorrerá em pontos que não podarem as suas vantajosas benesses.
No caso da maioridade penal, se fosse a “casa do povo”, a mudança seria simples, pois cerca de 90% do povo a quer. Mas os petistas - não os políticos, mas os seus “intelectuais”-, não a querem, não por causa do voto, mas da ideologia, essa grave doença que cega a visão, desvanece a mente, oblitera a realidade, e, muito pior, assassina, em massa, o seu povo.
É preciso que se investigue e se exponha ao público quem arregimentou e pagou aos arruaceiros da sessão do Congresso. Teriam sido os prórios menores delinquentes, com o produto de seus crimes, seus contratantes, aquela gente muito bem remunerada que ”odeia a classe média”, ou aqueles políticos que incensam Cuba e odeiam o “imperialismo ianque”, mas vão comprar o enxoval do bebê em..... Miami???
Pobre País!!!
Luiz Sérgio Silveira Costa é Almirante, reformado.
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Posted: 13 Jun 2015 04:35 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Bernardo Campos Carvalho
Muito se discute a respeito da maioridade penal do Brasil. Por conta disso, pelo clamor popular, a Câmara dos Deputados deve votar nos próximos dias a nova lei sobre a redução da maioridade penal.
Entendo, com a devida vênia, que tal matéria deveria estar decidida há muito tempo e não somente agora ir a plenário.
O mundo mudou, tudo evoluiu. Se compararmos os costumes antes da década de 20 com os de agora, não existe semelhança. A história nos mostra que um garoto naquele tempo era verdadeiramente uma criança, não tinha o discernimento, o conhecimento e a vivacidade das crianças atuais, não exercia as funções sociais e nem tinha responsabilidade, portanto, não era cobrado como hoje.
O adolescente mudou muito. Hoje tem tanto ou mais conhecimento que um maior de idade, pratica crimes hediondos, chefia quadrilha de criminosos, tanto na venda de drogas, quanto em assaltos ou sequestros. Tem mais periculosidade e inteligência para o crime que muitos criminosos com mais idade.
Se o menor hoje é considerado capaz para tantos atos da vida civil, destacando-se, inclusive, para votar e eleger governadores e presidente da República, por que o absurdo de ser isento da responsabilidade penal pelos crimes bárbaros que praticam?
Ora, se assim fosse, mostrariam fragilidade e não arrogância e prepotência quando presos. Outro dia, conversando com um amigo, membro do Poder Judiciário que defende a não redução da menoridade penal, lhe falei: "Se o menor é tão bonzinho, porque você não o leva para sua casa?”, confesso, não obtive resposta.
Como advogado criminalista há mais de 30 anos, diuturnamente presenciamos nas delegacias a polícia se desdobrar para descobrir o criminoso e, quando prende, ouve a célebre fase "não me toque sou ‘di’ menor". Às vezes, infelizmente, o menor criminoso sai da delegacia antes das testemunhas e da vítima, pois a polícia pouco ou nada pode fazer.
A sociedade não pode continuar calada, não pode permitir esse descaso legal, verdadeiro absurdo. É necessário pressão em cima dos nossos legisladores, em movimento nacional, semelhante a de um Impeachment, para que se opere mudanças e a sociedade possa dar um passo à frente, buscando um pouco de paz.
Se nada fizermos e continuarmos somente reclamando para nos mesmos, vamos continuar a conviver com esse estado de coisas, com os crimes violentos praticados, perda de entes queridos e importantes em nossas vidas, sabendo de antemão que o menor não é inocente, mas sim delinquente, e o que é pior, será solto sumariamente, dando risadas de nossa caras. E a polícia, mais uma vez, será desmoralizada e ridicularizada, com a palavra mágica “sou ‘di’ menor".
Bernardo Campos Carvalho é advogado criminalista há mais de 30 anos. Especialista em tribunal do juri, participou de muitos casos emblemáticos, entre eles o caso “Celso Daniel” e “Champinha”.
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Posted: 13 Jun 2015 04:35 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Ruth de Aquino
Há dez meses, Neide, 44 anos, ótima pessoa e profissional competente, cheia de energia, mãe de quatro filhos, percebeu um caroço no seio. Há dez meses ela luta pela cura. Primeiro, Neide fez um ultrassom. Depois uma mamografia, depois raios X de tórax. Neide ficou então “na fila para ser operada”. Prometeram que seria rápido. O caroço doía, aumentava, e, junto, a ansiedade.
Neide é empregada doméstica na casa de meu filho e minha nora. Seu nome é Jacineide Silva. Trabalhou e cuidou, com carinho, de minha neta de 2 anos, até a dor a impedir. Ela se mudou para o Rio de Janeiro em 2002, em busca de “uma vida melhor”, feliz com a eleição de Lula.
Antes disso, Neide trabalhava na lavoura e na roça, no Maranhão. Veio só com a filha caçula, Jacyane. Neide parece ter só 30 anos. É magra, forte e tem um sorriso lindo. Neide foi jogada de lá para cá, na espera infinita de cura. Tentávamos confortá-la: pode ser só um cisto. Ela pressentia algo mais grave. Só com a intervenção de médicos particulares, amigos da família, Neide conseguiu saber seu lugar na fila e ter informações sobre “o andamento” de seu caso, a passos de tartaruga. Bastava ter paciência.
Quando chegou sua vez da cirurgia, em fevereiro, o médico avisou que só operaria com biópsia. Neide ficou na fila para fazer a biópsia. Entre marcação de exame e resultado, foram quatro meses de agonia e dor. Na última quarta-feira, saiu o diagnóstico. Câncer. Neide voltou ao hospital com o exame. “A médica disse que, do jeito que está, não dá para operar. Tão grande que toma meu peito quase inteiro. Tem de fazer radioterapia antes para queimar. Mas o médico oncologista só tem hora daqui a um mês”, disse Neide.
Eu ia escrever sobre o congresso do PT. O Partido dos Trabalhadores é um partido de esquerda, fundado há 35 anos e no Poder há mais de 12. O maior compromisso do PT é, por definição, com os trabalhadores. Com a saúde e a educação do povo. E a moradia, o saneamento, o emprego. Já se foram três mandatos, e a cereja do bolo agora é a “Ferrovia Bioceânica”, que (nunca) vai ligar o Rio de Janeiro ao Peru – mais uma obra megalomaníaca destinada a parar no meio e dar prejuízo ao Brasil.
Eu ia escrever sobre o congresso do PT, tão dividido e acossado pelas denúncias de corrupção que agora batem à porta do Instituto Lula. Mas vi no Facebook uma postagem de Nilza Rezende, escritora e mãe de minha nora, sobre a via-crúcis de Neide. E aí meu sangue ferveu. “Como um mês no hospital público brasileiro vira um ano”, escreveu Nilza, “talvez a Neide seja atendida quando não der mais tempo para cura. Fico perplexa e chocada ao ver como pobre sofre neste país. A vida é mesmo injusta. E o governo é cúmplice. O que adianta ficar fazendo propaganda para as mulheres se autoexaminarem? Balela. Quando elas veem o tumor ficar do tamanho de uma bola, elas têm de esperar quase um ano para ser atendidas. Não há salvação: o SUS é o caminho para a morte.”
Desculpe, Neide, desculpe os milhões de brasileiros que acreditaram que o PT de Lula mudaria de verdade as prioridades do país. Se você votou, votou no cara. Muito tempo depois, foi eleita no lugar dele uma mulher. Diziam que era o poste de Lula, quanta injustiça. Como mãe do PAC, com certeza ela faria muito pela Saúde feminina.
Dilma sofreu de câncer e cuidou de tudo no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo. Uma vitoriosa, que contou com a agilidade, os recursos e os talentos da melhor medicina nacional. Está certo dar tratamento VIP a uma presidente. Só não está certo o SUS desprezar a massa. A demora no atendimento, tratamento e cirurgia de câncer significa, frequentemente, a morte em vez da vida.
Poderia ser o Estado acusado de homicídio doloso – aquele em que o algoz sabe que corre o risco de matar? Presidente Dilma, a senhora abreviou sua viagem para ir à abertura do congresso de seu partido. Diante do profundo copidesque ideológico que sofreu o discurso do PT, pare um pouco. E pense na Neide. O que fazer para dar a ela um tratamento mais digno, menos doloroso e apressar ou garantir sua cura eventual?
Pense em todas as Neides que aguardam a vez de ser operadas – e não têm a quem apelar porque não são representadas por ninguém. Pense em como nos convencer de que seu governo enfrenta apenas “a intolerância de uma minoria”. Foi o que a senhora disse em Salvador.
Pense em tudo que foi desviado dos hospitais para enriquecer seus militantes hoje bilionários, pense em seus 39 ministérios, pense nas obras inacabadas e abandonadas da Copa do Mundo, pense em sua propaganda enganosa, pense se a tal Ferrovia Bioceânica não é mais um engodo a ser metido goela abaixo de um povo que acreditou.
Para começar, que tal pedir desculpas a Neide?
Ruth de Aquino é Jornalista. Originalmente publicado na Revista Época de 12 de junho de 2015.
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Posted: 13 Jun 2015 04:34 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Arnaldo Jabor
Estás perdido e cego no meio da iniquidade dos partidos que te assolam e que contemplas com medo e tolerância
Ai de ti, Brasil, eu te mandei o sinal e não recebeste. Eu te avisei e me ignoraste, displicente e conivente com teus malfeitos e erros. Ai de ti, eu te analisei com fervor romântico durante os últimos 20 anos e riste de mim.
Ai de ti, Brasil! Eu já vejo os sinais de tua perdição nos albores de uma tragédia anunciada para o presente do século XXI, que não terá mais futuro. Ai de ti, Brasil — já vejo também as sarças de fogo onde queimarás para sempre!
Ai de ti, Brasil, que não fizeste reforma alguma e que deixaste os corruptos usar a democracia para destruí-la. Malditos os laranjas e as firmas sem porta.
Ai de ti, Miami, para onde fogem os ladrões que nadam em vossas piscinas em forma de vagina e corcoveiam em jet-skis, gargalhando de impunidade. Malditas as bermudas cor-de-rosa, barrigas arrogantes e carrões que valem o preço de uma escola.
Maldita a cabeleira do Renan, os olhos cobiçosos de Cunha, malditos vós que ostentais cabelos acaju, gravatas de bolinhas e jaquetões cobertos de teflon, onde nada cola. Por que rezais em vossos templos, fariseus de Brasília? Acaso eu não conheço a multidão de vossos pecados?
Ai de vós, celebridades cafajestes, que viveis como se estivésseis na corte de Luís XIV, entre bolsas Chanel, gargantilhas de pérola, tapetes de zebra e elefantes de prata. Portais em vosso peito diamantes em que se coagularam as lágrimas de mil meninas miseráveis.
Ai de vós, pois os miseráveis se desentocarão e seus trapos vão brilhar mais que vossos Rolex de ouro. Ai de ti, cascata de camarões!
Tu não viste o sinal, Brasil. Estás perdido e cego no meio da iniquidade dos partidos que te assolam e que contemplas com medo e tolerância. Cingiram tua fronte com uma coroa de mentiras e deste risadas ébrias e vãs no seio do Planalto.
Ai de vós, intelectuais, porque tudo sabeis e nada denunciais, por medo ou vaidade. Ai de vós, acadêmicos que quereis manter a miséria “in vitro” para legitimar vossas teorias. Ai de vós, “bolivarianos” de galinheiro, que financiais países escrotos com juros baixos, mesmo sem grana para financiar reformas estruturais aqui dentro.
Ai de ti, Brasil, porque os que se diziam a favor da moralidade desmancham hoje as tuas instituições, diante de nossos olhos impotentes.
Ai de ti, que toleraste uma velha esquerda travestida de moderna. Malditos sejais, radicais de cervejaria, de enfermaria e de estrebaria — os bêbados, os loucos e os burros, que vos queixais do país e tomais vossos chopinhos com “boa consciência”.
Ai de vós, “amantes do povo” — malditos os que usam esse falso “amor” para justificar suas apropriações indébitas e seus desfalques “revolucionários”.
Ai de vós, que dizeis que nada vistes e nada sabeis, com os crimes explodindo em vossas caras.
Ai de ti, que ignoraste meus sinais de perigo e só agora descobriste que há cartéis de empresas que predam o dinheiro público, com a conivência do próprio poder. Malditas sejam as empresas fantasmas em terrenos baldios, que fazem viadutos no ar, pontes para o nada, esgotos a céu aberto e rapinam os mínimos picuás dos miseráveis.
Malditos os fundos de pensão intocáveis e intocados, com bilhões perdidos na Bolsa, de propósito, para ocultar seus esbulhos e defraudações. Malditos também empresários das sombras. Malditos também os que acham que quanto pior, melhor.
A grande punição está a caminho. Ai de ti, Brasil, pois acreditaste no narcisismo deslumbrado de um demagogo que renegou tudo que falava antes, que destruiu a herança bendita que recebeu e que se esconde nas crises, para voltar um dia como “pai da pátria”. Maldito esse homem nefasto que te fez andar de marcha à ré.
Ai de ti Brasil, porque sempre te achaste à beira do abismo ou que tua vaca fora para o brejo. Esse pessimismo endêmico é uma armadilha em que caíste e que te paralisa, como disse alguém: és um país “com anestesia, mas sem cirurgia”.
Ai de vós, advogados do diabo que conseguis liminares em chicanas que liberam criminosos ricos e apodrecem pobres pretos na boca-do-boi de nossas prisões. Maldita seja a crapulosa legislação que vos protege há quatro séculos. Malditos compradiços juízes, repulsivos desembargadores, vendilhões de sentenças para proteger sórdidos interesses políticos. Malditos sejam os que levam dólares nas meias e nas cuecas e mais ainda aqueles que levam os dólares para as Bahamas.
Ai de vós! A ira de Deus não vai tardar...
Sei que não adianta vos amaldiçoar, pois nunca mudareis a não ser pela morte, guerra ou catástrofe social que pode estar mais perto do que pensais. Mas mesmo assim, vos amaldiçoo.
Ai de ti, Brasil!
Já vejo as torres brancas de Brasília apontando sobre o mar de lama que inundará o cerrado. Já vejo São Paulo invadida pelas periferias, que cobrarão pedágio sobre vossas Mercedes. Escondidos atrás de cercas elétricas ou fugindo para Paris, vereis então o que fizestes com o país, com vossa persistente falta de vergonha.
Malditos sejais, ó mentirosos, vigaristas, intrujões, tartufos e embusteiros! Que a peste negra vos cubra de feridas, que vossas línguas mentirosas sequem e que água alguma vos dessedente. Ai de ti, Brasil, o dia final se aproxima.
Se vossos canalhas prevalecerem, virá a hidra de sete cabeças e dez chifres em cada cabeça e voltará o dragão da Inflação. E a prostituta do Atraso virá montada nele, segurando uma taça cheia de abominações. E ela estará bêbada com o sangue dos pobres e em sua testa estará escrito: “Mãe de todas as meretrizes e Mãe de todos os ladrões que paralisam nosso país.”
Ai de ti, Brasil! Canta tua ultima canção na boquinha da garrafa.
Arnaldo Jabor é Cineasta e Jornalista. Originalmente publicado em o Globo em 10 de junho de 2015.
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Posted: 13 Jun 2015 04:33 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Oscar Cruz Ferreira
A degradação moral em nossa sociedade tem crescido nas últimas décadas. Na diária observação do nosso proceder social, nestes dias confusos das mídias interativas onde a intimidade expõe sua vulgaridade, vejo como oportuna a Campanha pela Moralidade proposta por nosso Clube Militar.
Raro assistirmos nos noticiários de maior penetração popular fatos que reforcem a cidadania e o patriotismo. Raríssimas e honrosas exceções mostram algum patrício numa atitude que favoreça o bem comum, a urbanidade e a ética.
Como a moral ajusta-se nas bases do caráter, sempre teremos alguma dificuldade em caracteriza-la. Conforme Bertrand Russel, filósofo e matemático galês: - “A humanidade tem dupla moral; uma prega mas não pratica, outra pratica mas não prega.”
Conhecemos nossas inúmeras limitações como humanos. O ‘Projeto Genoma’ mostra nossa proximidade dos grandes primatas; sob a visão evolucionista comparada das espécies.
Com o explosivo crescimento demográfico dos últimos séculos, aliado ao consumismo fácil e descontrolado de hoje, constatamos a fundamental importância da educação. Com o objetivo de controlar o orangotango que habita em cada um de nós. . .
No comportamento das espécies vemos o instinto da mãe proteger a prole, o pai em provê-la da subsistência, e a família natural ensinar os filhotes a sobreviver.
Intuímos ser a espécie humana, por sua autoconsciência e capacidade racional, a que mais impacta e modifica o planeta. Naturalmente a célula familiar foi e deve ser a primeira, a mais marcante e a mais eficaz formadora do caráter e da moral do indivíduo. Contudo, hoje já não é bem isso que ocorre. A instituição familiar tem sido alvo de claras e contestatórias críticas. Sua dissolução mostra ser um propósito do liberalismo social. O entretenimento midiático há anos, nesta Pindorama desvairada, usa tal mote na competição por audiência . . . A solapar básicos valores.
As dificuldades de entendermos nossos desígnios na vida, nos fez apelar para a religiosidade, que por sua vez atende, bem ou mal, nossa espiritualidade. Portanto o espiritualismo, através da religião, é um complemento importantíssimo da educação; na formação do ser para a sociedade. Com um viés ético, na máxima “não faças a outrem o que não queres que façam a ti”. Mas hoje, não vejo como prioridade social a necessidade, nem mesmo o interesse de usar ou recorrer a esse instrumento didático na formação integral dos indivíduos.
De um modo geral o poder, representado pelos governos e seus grupos de sustentação econômica, verbaliza com demagogia o apreço à educação pública e privada. Sabe da própria responsabilidade em proporcioná-la eficaz às crianças e adolescentes; acompanhando e fiscalizando-a. Mas tem sido omisso. Essa educação formal, complementar à induzida ou transmitida pelas famílias e pelas religiões, deve ter um especial foco na formação do cidadão. Uma obrigação do Estado. No Brasil, tão descuidada e preterida. . .
Assim, identifico as causas básicas do aumento da nossa carência de cidadania, caráter e de espírito público, que implicam na falta de ética, coincidente com a dissolução da FAMÍLIA. Seguidas pelo desinteresse na RELIGIOSIDADE, que consolida o egoísmo decorrente, promovido pelo MATERIALISMO. Onde o deus é o dinheiro e o mercado o grande templo dos negócios. Naturalmente com suas regras de perde e ganha.
Para complicar, a sobrevivência do homem no planeta, em face da atual densidade populacional, torna-se mais competitiva, estressante, cruel e descontrolada.
Inserido nesse contexto, o Brasil se recente, sobretudo, de cidadania, de espírito público e honestidade no conviver da grande maioria do seu povo. Além da falta de autênticas e legítimas lideranças políticas que de fato busquem o bem comum. Pois ‘o exemplo é uma pregação silenciosa’. E o modelo da atual gestão pública é irresponsável, perdulário, inconsequente e corrupto. Sob uma justiça morosa, leniente e pouco eficaz.
Os desgovernos ocorridos pós 2002, com um discurso promissor e mentiroso, desmoralizaram e minaram a confiança na máquina estatal. Confundiram interesses e planos partidários para perpetuar-se no poder, em detrimento dos propósitos do Estado. Estupram a democracia, ao aparelhar os três poderes da República com quadros ineptos, e sem pejo de locupletar-se do erário. Obtém aprovação de leis benignas, e conseguem a impunidade no favorecimento ilícito, com o tráfico de influência e no leilão de propinas. A desconfiança é grande na manipulação dolosa da contagem dos votos, num sistema eleitoral eletrônico tido como viciado pela maioria menos ingênua da população. Assim, não vejo moral, competência, confiança nem legitimidade na atual mandatária reeleita no apertado pleito de 2014.
Resta-nos, individualmente, tentar um ‘código de ética’ e praticá-lo diuturnamente. Na esperança de que o aprimoramento de cada cidadã e cidadão induza e consolide o salto de qualidade na maioria da sociedade. Ao fazermos da cidadania um hábito nacional. Campanhas em todas as comunidades, usando os inúmeros meios de comunicação disponíveis, se de fato houver vontade nos formadores de opinião e da população, por certo mudaremos nosso Brasil para melhor. A despeito dos aproveitadores interessados em que nada disso ocorra.
Ao finalizar, submeto dois exemplos singelos e práticos à consideração do paciente leitor, para iniciarmos uma melhoria em nós próprios, com muita determinação, fé, esperança e disciplina.
O Escotismo, criado pelo coronel do exército Britânico – Sir Baden-Powell - em 1907, até hoje prepara jovens para a vida cidadã. Seguem 10 dicas, sintetizadas dos “Mandamentos do Escoteiro”.
1. O escoteiro é digno de confiança;
2. O escoteiro é leal;
3. O escoteiro é útil e ajuda ao próximo;
4. O escoteiro é amigo de todos e irmão dos demais escoteiros;
5. O escoteiro é cortês;
6. O escoteiro é amigo dos animais e das plantas;
7. O escoteiro respeita seus pais, seu monitor e seu chefe escoteiro;
8. O escoteiro sorri nas dificuldades;
9. O escoteiro é econômico e respeita o bem alheio; e
10. O escoteiro é limpo em pensamento, palavra e ação.
O Papa Francisco neste tempo quaresmal sugere 15 atitudes simples e práticas, que auxilia ao bom conviver na sociedade, na comunidade. Onde o verbo (ação) AJUDAR é recorrente, a lembrar-nos da CARIDADE:
1. SORRIR. O cidadão cristão deve ser alegre;
2. AGRADECER. Mesmo que não precise fazê-lo;
3. LEMBRAR aos outros que você os ama;
4. CUMPRIMENTAR as pessoas do seu convívio diário;
5. OUVIR, sem preconceito e com amor, seu interlocutor;
6. AJUDAR, quando alguém precisa;
7. INCENTIVAR quem estiver desanimado;
8. ALEGRAR-SE das qualidades e realizações dos outros;
9. DOAR objetos e bens que não usa mais a quem deles precisa;
10. AJUDAR, quando necessário, no que o outro precise;
11. CORRIGIR com amor, e não calar por
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