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2.8.15

LULA E DILMA

Quem está do lado da Dilma e quem está do lado do Cunha.


À partir de segunda feira, dia 3 de agosto, politicamente, o Brasil estará dividido em dois núcleos de forças, os que são contra a Dilma e os que são contra Cunha. Não será mais discussão entre o PT e o PSDB, mas entre quem estará do lado do Cunha e quem estará do lado da Dilma. As definições começam já na volta do recesso parlamentar.

Por motivos óbvios os parlamentares do PT e do PC do B estarão do lado da Dilma, que conta com a fidelidade dos dois partidos aliados. Obviamente, contará com o apoio do Lula da Silva, que ficou sem outra opção senão apoiá-la, após ensaiar rebelião chamando a administração Dilma de volume morto. A bem na verdade, o Lula está muito mais preocupado com sua situação perante a Operação Lava Jato do que com qualquer agenda política. O caso do Lula é mais policial do que político.

Do lado da Dilma, postou-se a favor, até por interesse próprio, o vice-presidente Michel Temer. Ele já manifestou publicamente contra o Cunha e a favor da Dilma. Michel Temer é presidente licenciado do PMDB, mas não tem ascendência sobre os diretórios regionais e nem tão pouco sobre o Cunha, PMDB, obviamente e nem ascendência sobre o presidente do Senado e do Congresso Nacional Renan Calheiros.

Além dos ministros filiados ao PT, a Dilma conta com o apoio dos ministros do PMDB, como senador Eduardo Braga, AM e deputado Eliseu Padilha, RS. Em razão do seu filho Renan Filho, PMDB, precisar do apoio do governo Dilma para administração do governo de Alagoas, o senador Renan Calheiro não deverá estar alinhado automaticamente com o Cunha. A imprensa noticia de que a situação do Renan Calheiros e do Cunha na Operação Lava Jato é diversa. No entanto, creio estar do lado do Cunha.

Curiosamente, o ex-presidente FHC, bandeou-se para o lado da Dilma, alegando a sua inocência e honestidade e se colocando contra o Lula da Silva. Após receber críticas contundentes sobre a sua administração, a recente declaração de apoio à Dilma deixou todos tucanos perplexos. Para ex-presidente quem não presta é o Lula da Silva. Ninguém entendeu nada, a escolha do lado. Assim, o FHC se colocou do lado da Dilma e contra o lado do Cunha. 

A grande parte da imprensa está do lado da Dilma. A Rede Globo em especial está do lado da Dilma e contra o lado do Cunha. Os profissionais da área de jornalismos da Rede Globo estão orientados a tecer críticas ao Cunha e elogiar  a Dilma. Ficou muto evidente a posição da Rede Globo, no episódio da advogada dos delatores premiados Beatriz Catta Preta. A revista Veja deve se posicionar do lado do Cunha. A Folha é favor do PT e é favor da Dilma, isto o povo já sabe. Folha é contra o lado do Cunha.

Do lado do Cunha está o seu advogado de defesa nos inquéritos da Operação Lava Jato, Antonio Fernandes, ex-Procurador Geral da República. O advogado Antonio Fernandes deverá assistir o Cunha nos eventuais inquéritos contra o presidente da Câmara para não terminar em indiciamento nos processos da Operação Lava Jato sob responsabilidade do ministro Teori Zevascki do STF. Do lado da Dilma está a advogada Beatriz Catta Preta.

Do lado do Cunha deverão estar os seus fieis escudeiros da bancada do PSDB e do DEM, contando ainda com o apoio expressivo da bancada do PP. Além dos partidos políticos, Cunha conta com o apoio dos setores conservadores da sociedade, a começar pela bancada dos evangélicos. Cunha conta com o apoio irrestrito da denominada "bancada da bala" composto pelos parlamentares que representam a área de segurança. Cunha conta também com a bancada dos setores empresariais como a bancada dos agronegócios e dos setores industriais.

Dificilmente, o Cunha irá perder apoio dos parlamentares que apoiaram em votações das PEC - Projetos de Emendas Constitucionais, que exigem aprovação com 60% dos deputados federais. Cunha aprovou com folga, isto é mais de 303 votos entre 513 deputados, todas emendas constitucionais que colocara em votação no plenário da Câmara dos Deputados. Não vejo motivação para estes mesmos parlamentares trocarem de lado, passando doravante para o lado da Dilma. 

Nos próximos 60 dias, devem aprovar os principais pontos da reforma política já aprovada na Câmara dos Deputados pelo Senado Federal. Está previsto na reforma política, aprovado pela Câmara, uma janela de oportunidade para os parlamentares mudarem de partidos sem perder o mandato. Após a realização da troca-troca, deve espelhar melhor a configuração das forças que compõe diversos setores da sociedade. A nova configuração ficará mais evidente os que são lado do Cunha e lado da Dilma.

O Aécio Neves, ex-candidato à presidência em 2014, oponente da Dilma, está do lado do Cunha. Isto já foi definido nos bastidores entre ambos. O Aécio Neves será o principal aliado do Cunha na cruzada contra o lado da Dilma. Outra figura importante do PSDB, o senador José Serra deverá cerrar fileira ao lado do Cunha. O senador Renan Calheiros trabalha para que o José Serra, SP, migre para o PMDB, aproveitando a janela da troca-troca. Isto pode mudar a configuração a composição "café com leite".

O fato é que à partir do dia 3, segunda-feira, a política brasileira ficará definido em dois lados, o lado da Dilma e o lado do Cunha. A "pauta bomba" como votação das "pedaladas fiscais" estarão em evidência. Com as manifestações de ruas e das redes sociais, dificilmente algum parlamentar ficará em cima do muro, neste momento crucial da vida social e econômica do País.

Tema político da temporada está definido: Quem está do lado da Dilma e quem está do lado do Cunha.

Ossami Sakamori

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