- A única forma de governar?
- Violanta
- Hitler versus Lula
- Eles sabiam de tudo (mesmo)
- O Führer de Garanhuns
- Prestes e outros mitos
- Rebu em Brasília
Posted: 09 May 2015 05:16 AM PDT
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Lula não apenas sabe de tudo - como confidenciou seu "amigo" uruguaio José Mujica. Lula sabe tudo... Quem tem tanta informação como ele consegue ter a blindagem mágica que permite que denúncias graves até o atinjam, mas jamais prejudiquem ou o inviabilizem politicamente. Tanto é assim que Luiz Inácio Lula da Silva precipitou a campanha presidencial de 2018. Já tem um roteiro para percorrer o Brasil, fazendo sua campanha pessoal. Desistiu e se descolou da Dilma - acusada de não lhe dar ouvidos e contrariar seus valiosos "conselhos". Dilma já era! Lula, não! Pelo menos ainda, não...
Quem é o candidato capaz de se contrapor a Lula em 2018? Tudo bem que essa eleição presidencial ainda está muito longe de acontecer. No entanto, é fato objetivo e lamentavelmente notório que ninguém desponta como favorito ou alternativo na previsível disputa contra o companheiro $talinácio. O nome oposicionista surgirá... O problema é se terá densidade para derrotar Lula - que já está em campanha descarada e leva uma vantagem cínica perante o eleitorado idiotizado.
Como Dilma se mostra um desastre completo, na interpretação popular, Lula sai vencedor na simplória comparação entre o caótico agora e o passado dele - muito bem construído imageticamente por uma caríssima e impecável campanha de marketagem. Uma coisa é a torcida contra, e outra é a análise crua da realidade. Lula nunca esteve tão desgastado como agora. No entanto, embora mais velho e aparentemente menos saudável - fragilidades que a malhação de ferro na academia tentam esconder -, Lula ainda é uma figuraça acima do execrado PT - do qual é e sempre foi o chefão.
O maior erro de avaliação que se pode cometer agora é cogitar que o PT tenha chegado ao fim. Não chegou. Transformado em "Partido da Traição", o PT tem todos os recursos econômicos disponíveis para se reinventar. Fica a dúvida se será rápido ou demorado o processo de reversão da atual desmoralização. No Brasil da memória fraca e do analfabetismo político, tanto da massa ignara quanto da arrogante zelite de visão meramente rentista, é menos complicado fazer Lula voltar aos tempos de glória.
O processo de reconstrução da mítica imagem de $talinácio obedece ao mesmo modelo de propaganda adotado pelos "nazifascismos" da história. O salvador da Pátria foi inventado, e, no consenso da maioria burra, foi considerado um governante bem avaliado. Por isso, os marketeiros petistas têm fé e esperança de que conseguem reverter o assustador quadro presente de impopularidade. A falta de uma oposição consistente facilita o trabalho dos ideólogos petistas.
O modelo político brasileiro também facilita a estratégia de Lula. Neste sistema em vigor, ele continua sendo uma estrela de grande magnitude. A governança institucionalizada do crime, em conluio e simbiose com a gestão do processo político, não permite o surgimento de novas lideranças saudáveis. Como não há previsão de mudança no atual regime partidário e nem na alteração radical do processo de escolha do representante político, admitindo-se candidaturas avulsas de cidadãos-eleitores-contribuintes, as oligarquias partidárias continuarão parindo os mesmos monstros de sempre com a ajuda da dedada eletrônica em um processo moderníssimo de votação que peca por não ter seu resultado auditável por recontagem física do voto.
Nesse cenário de mesmice, não ocorrem mudanças efetivas na velocidade demandada pela sociedade. O máximo que acontece é a troca do famoso seis pelo tradicional meia-dúzia. Sai a Dilma, impedida, por renúncia ou por vencimento do prazo de validade, e entra um Lula - ou algo muito parecido. No distante cenário de 2018, aquele raio de luz que parece surgir no final do túnel é um trem que vem em sentido contrário para bater de frente com os idiotas. Alguma mudança concreta só tem chances de ocorrer se houver alguma radicalização no processo político institucional gerada pelo agravamento da violenta crise econômica em que estamos mergulhados até acima do pescoço.
Não há previsão de mudança - sobretudo na forma de governar o Brasil. Situação e sua suposta oposição não conseguem desenhar um projeto claro de Nação. O País continua refém do modelo rentista, improdutivo, especulativo e sempre sujeito a crises cíclicas. O modelo em vigor não facilita a produção e o desenvolvimento. Só alguns setores que conseguem subverter a visão meramente rentista, como uma parte do agronegócio autofinanciado pelo reinvestimento de seus lucros em cooperativas de crédito, têm demonstrado sucesso econômico efetivo. Os demais setores, que dependem do usurário crédito bancário ou dos favores dos cartórios e cartéis comandados pela máquina estatal capimunista, alternam sucessos efêmeros com fracassos retumbantes.
Enfim, sem previsão de mudança efetiva do sistema capimunista que controla o Brasil, que nos impõe esta "única forma de governar", baseada no patrimonialismo e na troca de favores com a corrupta máquina política estatal, um personagem como $talinácio tem tudo para voltar a brilhar como no passado recente.
O jogo é desigual. Enquanto nós, ingênuos, batemos panela, os políticos e os rentistas continuam batendo nossa carteira, e Lula prepara seu cardápio para 2018. A ameaça está aí... Quem se dispõe ou tem competência para enfrentar $talinácio?
Mensalão como paradigma
Vale a pena dar uma lida no trecho do livro "Una Oveja negra ao poder", escrito pelos jornalistas uruguaios Andrés Danza e Ernesto Tulbovitz, no qual o ex-presidente José Mujica revela ter ouvido de Lula, em 2010, a agora polêmica explicação cínico-pragmática para tentar explicar o esquema de corrupção política do Mensalão (aliás, transformado em roubo de galinha pelo Petrolão):
“Lula teve que enfrentar um dos maiores escândalos da História recente do Brasil: o mensalão, uma mensalidade paga a alguns parlamentares para que aprovassem os projetos mais importantes do Poder Executivo. Compra de votos, um dos mecanismos mais velhos da política. Até José Dirceu, um dos principais assessores de Lula, acabou sendo processado pelo caso.
‘Lula não é um corrupto como Collor de Mello e outros ex-presidentes brasileiros', disse-nos Mujica, ao falar do caso. Ele contou, além disso, que Lula viveu todo esse episódio com angústia e com um pouco de culpa. 'Neste mundo tive que lidar com muitas coisas imorais, chantagens', disse Lula, aflito, a Mujica e Astori, semanas antes de eles assumirem o governo do Uruguai. 'Essa era a única forma de governar o Brasil', se justificou. Os dois tinham ido visitá-lo em Brasília, e Lula sentiu a necessidade de esclarecer a situação."
Por tais declarações, o senador Ronaldo Caiado, que tenta se despontar como presidenciável pelo DEM em 2018, promete fazer um requerimento, na semana que vem, convidando José Mujica para prestar esclarecimentos sobre o que o amigo Lula lhe desabafou em 2010...
Negociações de sempre
Direito e Justiça em Foco
O jurista Ives Gandra é o convidado deste domingo do desembagador Laércio Laurelli no programa Direito e Justiça em Foco, às 22 horas, na Rede Gospel.
Todos querem saber...
Peixaria do PT
Lá também tem pra dar e vender "Lula fresquinho"...
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A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento. © Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 9 de Maio de 2015. |
Posted: 09 May 2015 05:09 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira
Viola em cacos, manda todos pentear macacos.
Começa a disputa. Por enquanto(a?) baixinho pra não ofender a própria.
Janota contra um cunhado que pode ser tudo mas não é coitado. Vai revidar até o cara sangue mijar.
Cabeleira que como gato se esgueira pelos meandros da poeira, sabe que um tal vampiro está pronto para o retiro forçado da Anta e do molusco tarado.
Violando o juramento feito em frente de vaca, que tossir a vontade podia,mas que em direitos não mexia, aprova plano leviano do cara de mico (que logo logo vai pedir penico, mais dia ou menos dia).Vai tomar da CUT corretivo similar ao que tomaria em outro lugar.
Afastada a bengaladas impecáveis das escolhas de capa preta, vê incrédula sua efígie em falsa cédula, de moeda sem mutreta: com essa gente não se meta. O serpentário precisa de faxina e não de ersatz com cara de otário.
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
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Posted: 09 May 2015 05:08 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Sérgio Alves de Oliveira
Após um período de três décadas enganando o povo brasileiro, seja como candidato à presidência, duas vezes Presidente da República, ou líder máximo do Partido dos Trabalhadores, a cada dia mais está prosperando a comparação de Lula com o “sósia“ original alemão Adolph Hitler, também conhecido como “führer”, que assumiu a chancelaria da Alemanha em 1933. Exemplo dessa “moda”, está no artigo “O FÜHRER DE GARANHUNS”, magistralmente escrito por Percival Puggina.
As verossimilhanças entre os dois são impressionantes, apesar do nível intelectual de Hitler ter sido infinitamente maior que o de Lula. Mas Lula leva vantagem sobre o seu “concorrente” em muitos outros aspectos. Ninguém consegue, como Lula, mentir e enganar. Hitler tinha inteligência e muita cultura, mas não chegou nem perto da “esperteza” do sindicalista brasileiro. E felizmente não teve, porque se tivesse,teria ganho a guerra e dominado o mundo.
Tudo começa pelo estado de espírito do povo alemão na década de 1930, e o dos brasileiros antes de despontar a liderança de Lula da Silva. Tanto um quanto o outro estavam acéfalos de lideranças como desejavam,apesar de estarem vivendo tempos de plena paz e harmonia. Lembram muito,inclusive,a lenda das rãs que queriam um novo rei, mais “ativo”, e “Zeus” atendeu, mandando-lhes um gigantesco gavião-real que em seguida passou a devorá-las.
Erich Fromm explica com muita sabedoria que o espírito alemão da época foi o grande responsável pelo surgimento e a ascensão do “Führer”. Era uma “necessidade” psicossociológica (e macabra) do povo alemão.
Como resultado de todas essas situações ,”Zeus” enviou Hitler para a Alemanha e Lula para o Brasil.
Mas apesar de todos os horrores contra os judeus que teriam sido cometidos sob o comando de Hitler, de certa forma seria uma ofensa ,a ele, equipará-lo a Lula da Silva. Hitler era inteligente,culto, honrado ,e acreditava nas suas “loucuras”, certas ou erradas. Tinha no coração um socialismo muito mais justo que o “colega”brasileiro. Lula quer tirar dos ricos para dar aos pobres, ao passo que Hitler preconizava só a ascensão dos pobres. Um se preocupava com o desenvolvimento mediante geração de novas riquezas para serem usufruídas pelos pobres ; o “concorrente”não tem essa preocupação, fixado na “distribuição” das riquezas que já existem, coincidindo com o seu próprio “psiquê, que nunca esteve muito sintonizado ao trabalho e à produção.
Lula, na verdade, não é muito bom de cérebro, como foi o seu “colega” alemão. Apesar disso os dois se equiparam em “língua”, um gostava e outro gosta muito de falar,discursar.Mas o brasileiro tem uma língua maior,para ninguém botar defeito. É tão afiada e potente que até dispensa o cérebro. Esta, certamente, é o seu principal órgão pensante.
Mas os receptores dessa fala que acreditam nela também devem ter algum desvio nos sentidos.
Parece que seus cérebros também delegam suas funções de pensar, refletir e concluir, às orelhas, talvez à bunda. Assim a inverdade é gravada e causa os seus maléficos efeitos. E ainda chamam essa droga de “democracia”?!?!?
Sérgio Alves de Oliveira é Sociólogo e Advogado.
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Posted: 09 May 2015 05:07 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Guilherme Fiuza
O ex-presidente bonzinho do Uruguai, José Mujica, contou que o ex-presidente bonzinho do Brasil, Lula da Silva, se sentiu culpado pelo mensalão. Está registrado e agora publicado em livro: segundo o companheiro Mujica, Lula lhe confidenciou que o mensalão era “a única forma de governar o Brasil”. Que ninguém tome isso ao pé da letra. Não é que o mensalão seja a única forma possível de governar. Tem também o petrolão e seus derivados. Ou seja: a única forma de governar o Brasil é roubar os brasileiros, enriquecer o partido e comprar a vida eterna no poder.
Esse golpe está sendo dado há 12 anos, e há dez o Brasil brinca de se perguntar se Lula sabia. Eis a resposta entregue de bandeja pelo amigo de fé, irmão camarada Mujica: Lula sabia que a única forma de ficar no poder com um grupo político feito de pessoas medíocres, despreparadas, hipócritas e desesperadas por cargos e verbas era se fingir de coitado, chorar e parasitar o Estado brasileiro com todas as suas forças.
O império do oprimido ofereceu ao país incontáveis chances de perceber a sua única forma de governar. Escândalos obscenos foram montados dentro do Palácio do Planalto, envolvendo os principais personagens do Estado-Maior petista. Hoje o Brasil é governado por uma marionete desse sistema único de governo (SUG), uma presidente solidária ao seu tesoureiro preso, acusado de injetar em sua campanha eleitoral dinheiro roubado da Petrobras. Uma presidente que exalta como heróis os mensaleiros julgados e condenados. E que presidiu o conselho de administração da maior estatal brasileira enquanto ela era depenada por prepostos do seu partido.
Foi necessária a confissão de um companheiro uruguaio para desvelar o óbvio: eles sabiam de tudo. Tudo mesmo.
Essa forma única de governar o Brasil só tem uns probleminhas: a economia acaba de registrar sua maior retração em 20 anos, na contramão dos emergentes e do mundo; a inflação avacalhou a meta e taca fogo na antessala da recessão; o desemprego voltou às manchetes, apesar das tentativas criminosas de esconder seus índices durante a eleição; a perda do grau de investimento do país está por uma unha de Levy, após anos de contabilidade criativa, pedaladas fiscais e outras orgias progressistas para esconder a gastança —a única forma de governar.
Com inabalável firmeza de propósitos, o PT chegou lá: tornou-se o cupim do Estado brasileiro. Hoje é difícil encontrar um cômodo da administração pública que não esteja tomado pelo exército voraz, que substitui gestão por ingestão. O Brasil quer esperar mais quatro anos para ver o que sobra da mobília.
Mujica disse que Lula não é corrupto como Collor. Tem razão. O Esquema PC era um careca de bigode que batia na porta de empresários em nome do chefe para tomar-lhes umas gorjetas. O mensalão e o petrolão foram dutos construídos entre as maiores estatais do país e o partido governante. Realmente, não tem comparação.
Os cupins vão devorando o que podem — inclusive informação comprometedora. As gravações da negociata de Pasadena, presidida por Dilma Rousseff, sumiram. Normal. Dilma, ela mesma, também sumiu. Veio o Dia do Trabalho, e a grande líder do Partido dos Trabalhadores não apareceu na TV — logo ela, que convocava cadeia obrigatória de rádio e TV até em Dia das Mães. Pouco depois, veio o programa eleitoral do PT e, novamente, a filiada mais poderosa do partido não foi vista na tela.
Quem apareceu foi Lula, o amigo culpado de Mujica, vociferando contra os inimigos dos trabalhadores, as elites, enfim, toda essa gente que não compreende a única forma de governar o Brasil. E os brasileiros bateram panela em todo o território nacional — o que algum teórico progressista ainda há de explicar como uma saudação efusiva ao filho do Brasil adotado pela Odebrecht.
O ministro da Secretaria de Comunicação disse que é um erro vincular Lula e Dilma ao PT. Já o PT tenta parecer desvinculado do governo Dilma. Pelo menos isso: eles sabiam de tudo, mas não têm nada a ver uns com os outros.
Em meio aos panelaços, foi possível ouvir o balanço da Petrobras contabilizando 6,2 bilhões de reais de corrupção. Ou seja: as informações da Operação Lava-Jato, que apontam o PT e a própria presidente da República como beneficiários do petrolão, foram oficializadas no balanço auditado da maior empresa brasileira.
Pena Lula não ter conversado sobre isso com Mujica. Os brasileiros vão ter que perceber sozinhos: esta só continuará sendo a única forma de governar o Brasil se o Brasil não cumprir o seu dever de enxotar um governo irremediavelmente delinquente.
Guilherme Fiuza é Jornalista. Originalmente publicado em O Globo em 9 de maio de 2015.
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Posted: 09 May 2015 05:06 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Percival Puggina
O que efetivamente mobilizou o nazismo contra os judeus não foram as destrambelhadas especulações biológicas que apenas favoreceram o trabalho sujo dos que executaram as políticas de extermínio. A causa principal foi o mito da "conspiração judaica", difundindo a ideia do poder econômico do povo judeu e a ele atribuindo a culpa pelos males nacionais. Ao longo da história, mobilizações nacionalistas sempre procuraram identificar um inimigo interno ou externo, direcionando-lhe as animosidades. No nazismo, a exemplo do comunismo, foi acionado este fermento revolucionário que excita os piores sentimentos: a falácia de que o outro, como indivíduo, raça ou classe seja, objetivamente, causador da pobreza do pobre.
Observe, então, o que vem sendo proclamado sobre a "elite branca de olhos azuis" pelas personagens mais aguerridas do petismo (do topo lulista à base militante). Lula e os seus não cansam de repetir que essa elite não gosta de pobre, é contra sua prosperidade e se enoja com a presença de gente humilde nos aeroportos e nas universidades. Por quê? Ninguém esclarece. O importante é repeti-lo à exaustão. E o PT é perito em papaguear bobagens tantas vezes quantas sejam necessárias para assemelhar à verdade algo que não tem o menor fundamento.
Além de tornar a nação respeitável ao proporcionar a dignidade de todos os cidadãos, o progresso material das classes mais humildes é desejável por todos os segmentos sociais, inclusive por aqueles contra os quais o PT pretende instigar a malquerença dos pobres. Entre os muitos benefícios humanísticos e ganhos de ordem ética, a ascensão social dos mais carentes significa, para todos, maior segurança e maior dinamismo na vida econômica e social. É bom para todo mundo. É assim que a civilização avança. No fundo, até o Lula sabe disso.
No entanto, o führer de Garanhuns e seus propagandistas goebbelianos precisam do ódio como fator de luta (segundo ensinou Che Guevara). E nada melhor do que aprender com Hitler o modo de suscitar ódio contra quem tem mais. Basta proclamar aos pobres que essas pessoas, brancas de olhos azuis, são a causa de sua pobreza, que estes iníquos não toleram conviver com eles e que, por soturnos motivos, querem preservá-los na miséria. Difundir tais teses após as experiências do nazismo deveria ser capitulado como crime. Numa hipótese mais branda, ser tratado como sociopatia.
Tão perigoso quando o que estou descrevendo é não se importar com isso e considerar que se trata apenas de uma estratégia, sem efetivas consequências sociais e políticas. Era exatamente o que pensava a maioria dos alemães até bem perto do final da guerra.
Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar.
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Posted: 09 May 2015 05:05 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I.S. Azambuja
“Sou a favor da idéia socialista. Mas uma vez disse a meu pai: ‘se isso é socialismo, eu sou contra o socialismo” (Yuri Ribeiro Prestes, historiador; filho de Luiz Carlos Prestes; viveu na Rússia de 1970 a 1994; jornal Folha de São Paulo de 2 de novembro de 1997)
A partir do momento em que, na ex-União Soviética os arquivos da 3ª Internacional foram abertos aos pesquisadores, vários mitos e lendas não mais se sustentam. Alguns livros, editados com base nesses arquivos, foram publicados, dando conta de detalhes inéditos do Movimento Comunista Internacional. A 3ª Internacional, ou Komintern, do alemão“Komunistiche Internationale”, foi uma entidade com sede em Moscou, criada por Lenin, que funcionou de 1919 a 1943. O Komintern era dirigido pela “Uskaia Komissia”, a“Pequena Comissão”, responsável por todas as decisões relativas aos aspectos políticos, de inteligência e de ligação do Kominern com o Partido Comunista da União Soviética. Desde a década de 20, o Komintern financiava e controlava os partidos comunistas de todo o mundo, com verbas fornecidas pelo Estado soviético. Essa prática permaneceu inalterada por mais de 70 anos. Quando oKomintern foi desativado, em 1943, o Departamento de Relações Internacionais do PCUS assumiu suas tarefas. Ao final do ano de 1991, após o fim da União Soviética, foram encontrados na sede do Comitê Central do partido único documentos referentes à “ajuda financeira fraternal”aos demais partidos comunistas de todo o mundo Esses documentos, como é evidente, faziam menção ao Partido Comunista Brasileiro, e comprovam que já em 1935 Luiz Carlos Prestes era um assalariado do Komintern: No período de abril a setembro de 1935, US$ 1.714,00 foi a quantia destinada a Prestes. Assinale-se que Luiz Carlos Prestes foi admitido como membro do Komintenr em 8 de junho de 1934. Antes, portanto, de sua filiação ao PCB, o que constituiu um fato inédito no comunismo internacional. Prestes só viria a ser admitido no PCB em setembro desse ano. A alemã Olga Benário (que também utilizava os nomes de“Frida Leuschner”, “Ana Baum de Revidor”, “Olga Sinek”, “Olga Bergner Vilar” e “Zarkovich” (casada em Moscou com B. P. Nikitin, aluno da Academia Militar Frunze) que pertencia ao IV Departamento do Estado-Maior do Exército Vermelho foi a pessoa designada para a missão de acompanhar Luiz Carlos Prestes em sua volta da União Soviética ao Brasil, em 1935. Ao contrário do que afirma o historiador brasilianistaRobert Levine, em seu livro O Regime de Vargas - 1935-1938, bem como diversas outras publicações nacionais e estrangeiras, Prestes nunca foi casado com Olga. O clube de revolucionários profissionais a serviço do Komintern, tinha poderes praticamente ilimitados de intervenção nos diversos partidos comunistas, bem como instruções muito precisas sobre como levar adiante as planejadas ações revolucionárias. Prestes somente em setembro de 1934 seria admitido nas fileiras do Partido Comunista Brasileiro, conforme documento do Bureau Político do PCB, datado de 4 de setembro de 1934, publicado no jornal Sentinela Vermelha, nº 1, outubro de 1934, São Paulo. Segundo esse jornal, Prestes foi admitido no partido “por proposta da IC“ e como “simples soldado da IC”. No entanto, diz o jornal, “ao mesmo tempo que o BP aceita a adesão de Prestes, chama todo o partido para intensificar o fogo contra o prestismo dentro e fora de nossas fileiras, contra essa teoria e prática de conteúdo contra-revolucionário, pequeno-burguês, que consiste na subestimação das forças do proletariado como única classe revolucionária, nas ilusões em chefetes e caudilhos pequeno-burgueses, salvadores, cavaleiros da esperança, etc (...)”. A aceitação de Prestes como membro do PCB foi, portanto, decorrente não do reconhecimento de sua liderança ou de seus atributos de dedicação à causa comunista, mas sim uma imposição do aparato da IC, o que desfaz um outro mito. Em 10 de abril de 1935 - às vésperas da chegada clandestina de Prestes ao Brasil -, referindo-se à primeira reunião pública da Aliança Nacional Libertadora (ANL), realizada dia 30 de março desse ano, no teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, um documento do PCB, assinado por M (“Miranda”), codinome de Antonio Maciel Bonfim, Secretário-Geral do partido, referia-se a Prestes, aclamado presidente da ANL, como “um grande lutador antiimperialista e antifeudal”. Esse documento foi publicado no jornal A Classe Operária nº 178, de 10 de abril de 1935. “Miranda”, na “A Classe Operária” de 23 de abril de 1935, assinala: “(...) As massas populares aclamam espontaneamente Prestes como Presidente de Honra da Aliança Nacional Libertadora (...) Essa aclamação de Prestes significa que as massas populares reconhecem nele um grande lutador contra o imperialismo (...) um lutador conseqüente de há muitos anos (...)”. Em apenas 7 meses, portanto, Prestes passou de“caudilho pequeno-burguês” a “lutador conseqüente de há muitos anos”. Logo depois, Fernando Lacerda, membro do Comitê Central do PCB, delegado do partido ao VII Congresso daInternacional Comunista, realizado em Moscou em julho de 1935, em seu discurso nesse evento, transcrito na revista da IC, “Correspondência Internacional” de 4 de dezembro de 1935, assinalou: “(...) Desde outubro de 1934, após a 3ª Conferência dos Partidos Comunistas dos Países da América Latina, conseguimos realizar uma reviravolta decisiva, tomando audaciosamente a iniciativa da organização de uma Aliança de Libertação Nacional (...) Entre seus organizadores e dirigentes destacava-se o nosso camarada Luiz Carlos Prestes (...) Já lançamos audaciosamente a palavra de ordem de ‘todo poder à ANL’(...)”. Observe-se que na data referida por Fernando Lacerda - outubro de 1934 - Prestes vivia, ainda, em Moscou. Essa é outra lenda que desaba: a de que, quando criada, a ANL não tinha qualquer vinculação com o partido. Na verdade, desde o primeiro momento, foi uma organização de fachada do PCB, como centenas de outras durante toda a existência do partido. Em 14 de julho de 1935 a Aliança Nacional Libertadora foi colocada fora da lei pelo governo e suas sedes fechadas. O Comitê Central do PCB, reunido em fins de julho de 1935, tachou o fechamento da ANL de “arbitrário e violento” e concitou seus militantes a recrutar elementos e formar o partido no campo, “criando Ligas Camponesas”(documento apreendido em agosto de 1935 e integrante do processo nº 1, arquivado no STM). Desfaz-se, portanto, outro mito: o de que foi Francisco Julião o inspirador e criador das “Ligas Camponesas”, nos anos 50. Em 15 de setembro de 1935, às vésperas, portanto, da deflagração da Intentona, o “BSA-Bureau Sul-Americano” do Komintern, que funcionava em Buenos Aires, recebeu do “EKKI” a determinação de passar a dirigir as atividades do PCB conjuntamente com Luiz Carlos Prestes e“Miranda”- Antonio Maciel Bonfim, Secretário-Geral. Isso significou, na prática, que o “BSA”, organismo doKomintern para a América Latina, passou a comandar (esse é o verbo correto) as atividades do Partido Comunista Brasileiro. Logo depois, com data de 6 de outubro de 1935, “Indio Negro” remetia a “Américo” (outro codinome de “Miranda”) uma carta com a proposta “de cooptar ‘Garoto’ para membro do Comitê Central e elegê-lo para o Birô Político do CC”. E determina: “Isso deve ser efetuado na próxima reunião do plenário do CC” (documento integrante do processo nº 1, arquivado no Superior Tribunal Militar). A pessoa referida como “Garoto” era Luiz Carlos Prestes. Mas, quem é “Indio Negro” que dava ordens ao Secretário-Geral do Partido Comunista Brasileiro? Eram duas pessoas, segundo os dados obtidos nos arquivos da 3ª Internacional: “Indio” – Rodolfo José Ghioldi, que também utilizava os codinome de “Autobelli”, “Quiroga” e “Luciano Busteros”; argentino; membro do “Bureau Sul-Americano”; agente doKomintern deslocado da Argentina para o Brasil em dezembro de 1934, juntamente com sua mulher Carmen de Alfaya. “Negro”- Arthur Ernst Ewert, que também usava os codinomes de “Albert”, “Castro” e “Harry Berger”; alemão; agente do Komintern mandado para o Brasil em dezembro de 1934. A lenda, já integrada à História, de que apenas os 9 estrangeiros presos após a Intentona integravam o aparato do Komintern no Brasil, revelou-se falsa. Os estrangeiros deslocados para o Brasil pelo Komintern, para fazer a Intentona, foram 23. Os nomes de todos podem ser encontrados no livro “Camaradas”, do jornalista William Waak. Não foi. A ordem para que a insurreição fosse deflagrada partiu de Moscou, em telegrama do Secretariado Político do“EKKI”, dirigido a Ewert e a Prestes, nos seguintes termos: “A questão da ação (o levante) decidam vocês mesmos, quando acharem necessário. Assegurem apoio à ação do Exército pelo movimento operário e camponês. Tomem todas as medidas contra a prisão de Prestes. Enviamos 25.000 por telegrama. Mantenham-nos informados do rumo dos acontecimentos”. Esse telegrama, escrito em francês, foi encontrado nos arquivos do Komintern, e na página 128 do livro“Camaradas” está publicada uma cópia xerografada do mesmo. No período pré e pós-Intentona o partido cometeu diversos assassinatos de seus próprios correligionários, a título de “justiçamentos”, por suspeita de colaboração com o inimigo de classe. Um deles foi o da jovem de 16 anos “Elza Fernandes” ou“Garota”, como era conhecida no partido Elvira Cupelo Colônio, amante de “Miranda”, Secretário-Geral do PCB - e que, devido a isso, conhecia todos os demais membros do Comitê Central, e outros, com atuação relevante naIntentona Comunista -, por suspeita de colaboração coma repressão. A decisão de eliminar “Garota” foi tomada por Luiz Carlos Prestes, conforme documentos que integram o processo nº 1, já referido. Nos autos desse processo está uma carta, de próprio punho de Prestes, com data de 16 de fevereiro de 1936, remetida a “Meu Caro Amigo” (não identificado), dizendo: “(...) Não podemos vacilar nessa questão (...) Tudo precisa ser preparado com o mais meticuloso cuidado, bem como estudado com atenção todo um plano de ação que nos permita dar ao adversário a culpabilidade (...) Ela já desapareceu há alguns dias e até agora não se diz nada (...)”. Em outra carta , dirigida ao Secretariado Nacional do PCB, datada de 19 de fevereiro de 1936 (apenas três dias depois), Prestes escreveu: “(...) Fui dolorosamente surpreendido pela falta de resolução e vacilações de vocês (...) Companheiros, assim não se pode dirigir o partido do proletariado, da classe revolucionária conseqüente (...) Já em minha carta de ontem formulei minha opinião a respeito do que precisávamos fazer (...) Não é possível dirigir sem assumir responsabilidades. Por outro lado, uma direção não tem o direito de vacilar em questões que dizem respeito à defesa da própria organização (...)”. Cópia do original da carta acima, manuscrita por Prestes, está entre as páginas 33 e 34 do livreto “Os Crimes do Partido Comunista”, de Pedro Lafayette, Editora Moderna, 1946, Rio de Janeiro. “Miranda” e “Elza Fernandes” haviam sido presos em 13 de janeiro de 1936. A Polícia colocou “Elza Fernandes”em liberdade, pelo fato de ser menor de idade. Logo, a direção do partido colocou-a em cárcere privado, na residência do militante conhecido como “Tampinha”(Adelino Deycola dos Santos), na rua Maria Bastos nº 41-A, em Deodoro, subúrbio do Rio, sob a guarda dos militantes “Gaguinho” (Manoel Severino Cavalcanti) e“Cabeção” (Francisco Natividade Lira). Nessa casa, em 20 de fevereiro de 1936 - um dia após a segunda carta de Prestes -, “Elza Fernandes” foi assassinada por enforcamento, por esses elementos, e sepultada no quintal da casa. Após terem sido presos, todos confessaram o assassinato, dando-o como umjustiçamento, sendo o corpo de “Elza Fernandes”exumado pela polícia em 14 de abril de 1936. Luiz Carlos Prestes, o mandante, e Olga Benário foram presos em 5 de março de 1936. Em 17 de abril de 1945, 9 anos depois, Prestes foi anistiado e em outubro desse mesmo ano eleito Senador da República. Em maio de 1946 o partido foi tornado ilegal pela Justiça Eleitoral e passou a funcionar na clandestinidade. A partir de 1971 Prestes passou a viver em Moscou, sendo novamente anistiado em 1979 e, por força da Constituição de 1988, reincluido no Exército, promovido e reformado. Em 16 de agosto de 2006 Luiz Carlos Prestes foi promovido ao posto de Coronel, com os proventos de General de Brigada. Muitos dirão, principalmente os mais jovens: Caramba, eu não sabia! PORTARIA No- 7/ANISTIA,DE 16 DE AGOSTO DE 2006O ............................ .............................. .............................. ........,no uso da competência que lhe foi delegada pela Portaria no- 479, de 11 de agosto de 2004, do Comandante do Exército, em cumprimento à Portaria Normativa no- 657/MD, de 25 de junho de 2004, do Ministro de Estado da Defesa, e nas condições impostas pela Portaria no- 1339, de 1o- de julho de 2005, do Ministro de Estado da Justiça, que decidiu: declarar LUIZ CARLOS PRESTES anistiado político "post mortem", reconhecendo o direito às promoções ao posto de Coronel com os proventos do posto de General-de-Brigada e as respectivas vantagens, e conceder em favor das requerentes MARIA DO CARMO RIBEIRO, ERMELINDA RIBEIRO PRESTES, MARIANA RIBEIRO PRESTES, ROSA RIBEIRO PRESTES, ZOIA RIBEIRO PRESTES, e demais dependentes econômicos, se houver, a reparação econômica em prestação mensal, permanente e continuada no valor de R$ 9.204,48 (nove mil, duzentos e quatro reais e quarenta e oito centavos), cabendo a cada uma das requerentes, respectivamente, os percentuais equivalentes a 50%, 12,5%, 12,5%, 12,5%, 12,5%, de cada prestação acima concedida, nos termos do artigo 1o- , incisos I e II da Lei no- 10.559, de 14 de novembro de 2002", resolve: CONSIDERAR, transferido para o Regime do Anistiado Político de que trata a Lei no- 10.559, de 13 de novembro de 2002, o anistiado político "post mortem" LUIZ CARLOS PRESTES, por imposição do disposto na Portaria no- 1339, de 1o- de julho de 2005, do Ministro de Estado da Justiça E assim caminha a humanidade... E assim caminha a humanidade...
O Partido Comunista Brasileiro jamais se libertou de sua subserviência a Moscou. O PCUS, até ser posto na ilegalidade por Boris Yeltsin, em 1991, sempre manteve sobre estreito controle a direção política do PCB, a forma como eram escolhidas suas lideranças, seus processos de formação ideológica, bem como aquilo que sempre foi o mais importante para o partido: o auxílio fraternal. Em 1990, último ano de ativo funcionamento do PCUS, essaajuda fraternal ao Partido Comunista Brasileiro foi de US$ 400.000 conforme divulgado pelo Tribunal Constitucional Russo que, em 1992, julgou os crimes do PCUS (jornal“Konsomolskaya Pravda”, Moscou, 8 de abril de 1992).
Desaba também um outro mito: o de que a Intentona Comunista tenha sido uma ação genuinamente brasileira, imaginada e levada a cabo pelo PCB.
Carlos I.S. Azambuja é Historiador.
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Posted: 09 May 2015 05:03 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Dalinha Catunda
Os deputados fizeram
Da câmara sua arena
O reboliço foi grande
A sala ficou pequena
E com tanta baixaria
O bate-boca comia
Foi bem degradante a cena.
A rinha estava montada
Foi pena pra todo lado
O pau comeu de verdade
Orlando foi cutucado
No meio da discussão
Em Jandira passaram a mão
Vi o rebu começado.
Roberto Freire falou
Com toda convicção
Que não bateu em Jandira
Só afastou sua mão
Foi ela quem se meteu
E um safanão recebeu
No meio da confusão.
Alberto Fraga falou
Pra todo mundo escutar:
“Quem bate como homem
Feito homem há de apanhar”
De matador foi chamado
E bastante amofinado
Vi Alberto se zangar.
Estou relatando em versos
O que vi e não gostei
Políticos estouvados
Desrespeitando a lei
Tanto tumulto e conflito
Só deixa o país aflito
E o que virá eu não sei!
Dalinha Catunda é poetisa e cordelista
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