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8.7.15

LULA E DILMA

Dilma tem mais medo de eventual prisão de José Dirceu que condenação por pedaladas fiscais no TCU


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Haja unhas, dentes, fígado e estômago! Dilma Rousseff enxerga duas grandes ameaças imediatas ao seu mandato: o prolongamento da prisão do empreiteiro Marcelo Odebrecht e a quase certo retorno à prisão de seu inimigo íntimo José Dirceu de Oliveira e Silva - que já solta recados de que pode aderir a uma delação premiada que detonaria a cúpula da petelândia, incluindo a Presidenta e o chefão Luiz Inácio Lula da Silva. Por isso, teve pouco efeito prático a reunião promovida ontem por Dilma com os presidentes e líderes de partidos "aliados", para tentar minimizar o risco de "tomar no TCU" - tendo reprovadas as contas de 2014 do governo.

Dilma precisa fazer muita figa para que a Interpol não consiga prender um dos principais operadores do esquema de pagamentos de propinas do Petrolão. O suíço Bernardo Freiburghaus é a peça-chave para que o Ministério Público Federal possa comprovar, de forma testemunhal e documental, se a cúpula da Odebrecht operava um esquema de corrupção a partir de negócios com a Petrobras e outras estatais ainda não focadas em investigações e processos da Operação Lava Jato. Ontem, o Ministério Público Federal informou ter encontrado novos indícios de que a Odebrecht pagou propina ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, por meio de contas no exterior abertas por Bernardo Freiburghaus.

A tese do MPF é que não dá para acreditar que um mero diretor da Odebrecht, Rogério Araújo, tenha usado seus recursos pessoais (US$ 23 milhões), através do sistema de Freiburghaus montado com várias contas abertas em paraísos fiscais, para turbinar o bolso de "Paulinho" (como Lula tratava o delator-premiado-primaz da Lava Jato). A tese do MPF é: "É certo que os pagamentos, que beneficiavam a empresa, saíam dos cofres desta. Não é crível que pagamentos dessa dimensão não tivessem a concordância de seu principal gestor, Marcelo Odebrecht que, conforme demonstra o e-mail sobre o sobrepreço, tinha ativa participação nos negócios da empresa. Não é crível ainda que os pagamentos, na quantidade e volume em que se deram, ocorressem sem o conhecimento e concordância de Marcelo Odebrecht”.

Por tal motivo, enquanto houver risco de fuga ao exterior e Freiburghaus não for encontrado pela Interpol, a tendência é pela manutenção da prisão preventiva de Marcelo Odebrecht, que sofre com a privação da liberdade e o desconforto de aturar o clima gelado de Curitiba na carceragem da Superintendência da PF. A Odebrecht continua oficialmente insistindo na versão de que “desconhece completamente os fatos e o teor dos supostos telefonemas apontados e mais uma vez questiona o vazamento seletivo de informações, vício que compromete o exercício do direito de defesa”.

Todas versões e comportamentos arredios podem mudar se realmente acontecer a esperada decretação de prisão de José Dirceu pelo juiz Sérgio Moro. Nos bastidores do Judiciário, especula-se que o prazo para isto acontecer pode ser apenas até esta quarta-feira, dia 8. Se não ocorrer nos proximamente, o clima só volta a esquentar depois do recesso de meio de ano do judiciário. Aguentar até o começo de agosto, tradicional mês do desgosto, não será uma missão fácil para a cúpula da petelândia...

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