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5.5.15

o crime da Dilma

Posted: 04 May 2015 03:35 AM PDT
Factóide: André Corrêa, no Fantástico de ontem, mergulhando na poluída Baía da Guanabara, para fazer média com a Olimpíada de 2016

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A Rede Globo exibiu neste domingo, no Fantástico, uma das cenas mais patéticas que a incompetente e perdulária (falta de) administração pública tem a incapacidade de produzir e reproduzir nas redes sociais. Foi um deboche com a cara dos brasileiros o mergulho dado nas águas poluídas da Baía da Guanabara pelo secretário estadual de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, André Corrêa. O factóide aconteceu para refutar uma reportagem da semana passada, constatando que não sairá do papel a prometida despoluição da baía para a Olimpíada de 2016.

O Fantástico fez questão de frisar que a "autoridade" escolheu cuidadosamente o local e o horário para dar o mergulhinho: um ponto junto à entrada da Baía, onde a corrente é mais forte, e durante a maré cheia, quando a água limpa do oceano está entrando. Corrêa nem foi original. Repetiu um factóide do então governador fluminense Chagas Freitas, no começo da década de 80, quando deu um mergulho no Rio Paraíba do Sul, em Campos dos Gpoytacazes (RJ), para vender a imagem de que a sujeira não era tanta por lá. Até hoje, a imundície só se agravou...

Concebido no distante ano de 1992, como marketagem para a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento no Rio de Janeiro (a Rio 92), o PDBG (Programa de Despoluição da Baía da Guanabara) só torrou bilhões de dólares, que pegamos emprestados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Agência de Cooperação Internacional do Japão. O PDBG é um atestado do subdesenvolvimento e da falta de vergonha na cara dos políticos brasileiros e do nosso próprio povo - que nada cobra das autoridades, mas faz ocupações irregulares, suja rios e mananciais e despeja toneladas de lixo em canais que desaguam na poluída baía.

O PDBG, com certeza, enriqueceu muitas empreiteiras e colaborou, indiretamente, com o financiamento milionário de muitas campanhas eleitorais, ao longo de mais de 20 anos. Seus resultados são dignos de uma hecatombe ou de um tsunami de sujeira. Trata-se de um espetáculo de falta de planejamento - que deveria ser motivo de uma Ação do Ministério Público Estadual e Federal no Rio de Janeiro (mas os promotores preferem prevaricar, se omitir e nada fazer contra os irresponsáveis por tanta sacanagem. O PDBG construiu gigantescas estações de tratamento de esgoto. O problema é que a ligação até elas, via redes coletoras, praticamente não saíram do papel. Além disso, com o crescimento populacional desordenado e criminoso no fundo da baía, a sujeira se ampliou geometricamente.

O incansável biólogo Mario Moscatelli, que monitora diariamente as bacias cariocas e a Baía de Guanabara, atribui a poluição à falta de unidades de tratamento de lixo. Após a implantação dessas estruturas, não haveria mais despejo de novos dejetos nos sistemas lagunares: "Uma estratégia que pode ser realizada a curto prazo é a blindagem de quilômetros de rios que se transformaram em esgoto. As unidades de tratamento de lixo bloqueariam a contaminação do sistema lagunar. Depois destas instalações, viriam medidas mais amplas, como a dragagem da Bacia de Jacarepaguá e a remoção de lixo na Baía de Guanabara, concentrada em sua região mais poluída — os litorais de Duque de Caxias, Rio, São Gonçalo e Niterói".

Quem é o grande culpado por tudo de errado que acontece no Brasil, de forma historicamente cumulativa? É o Lula? É a Dilma? É o FHC? É o PQP? Ou seria o FDP?

A resposta mais correta é: a culpa é nossa!

Da omissão irresponsável e criminosa de cada cidadão incapaz de se unir para cobrar a solução de um problema pontual, causado pela nossa própria falta de educação e mentalidade subdesenvolvida. Os políticos fazem o que querem, e o Estado abusa completamente de nós, porque somos coniventes.

Se tal postura não mudar, o Brasil será sempre uma linda baía da Guanabara cheia de lixo e esgoto.

O lamentável é que tudo que não acontece de bom por lá é o retrato idêntico ao que ocorre no resto do Brasil, um desastre em termos de saneamento básico e respeito ao meio ambiente.

Leia, abaixo, o artigo de Antônio Ribas Paiva: O Monopólio da Água

Releia: Onde está sua Honestidade, $talinácio?


Hora do Ajuste

Vem aí o apertão do Levy, em prol dos banqueiros e do Estado perdulário e corrupto, mas a reação contra eles será a de sempre: zero...

Assim, quem mama na teta continuará numa boa, como sempre esteve...

Fugindo das vaias


Como a vaca do desgoverno já foi para o brejo, o melhor é não aparecer em eventos públicos, para não experimentar vaias e xingamentos...

Recordes de roubalheira


E a reação contra as sacanagens continua pequena, quase nula, beneficiando os ladrões do dinheiro público...

Vamos para casa


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O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. 

A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 4 de Maio de 2015.
Posted: 04 May 2015 03:31 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Antônio José Ribas Paiva

Alguém que, porventura, objetive assumir o MONOPÓLIO DA ÁGUA, em uma cidade rodeada por vários rios caudalosos, não logrará êxito, a menos que promova ou permita, criminosa e veladamente, a poluição desses rios. Mesmo assim, a população dessa cidade poderá abastecer-se perfurando poços.

O monopolista, para atingir o seu intuito, precisará proibir os munícipes de perfurarem poços, ou, pelo menos, burocratizar a perfuração de poços, para dificultar ao máximo o acesso à água. Após essas criminosas providências, o monopolista estará no controle da vida das pessoas, porque quem controla a água controla a vida.

Infelizmente, esse é o quadro que se apresenta em São Paulo, onde, todos os seus rios foram impunemente poluídos, para tornar a água escassa.

Nos últimos 50 anos nenhum governo, de nenhum partido político ou matiz ideológica, barrou a poluição ou tomou iniciativas concretas para despoluir os rios Tietê, Pinheiros e Tamanduateí.

Foram-se os governos militares, vieram os da Nova República e nada. Ou seja, da direita à extrema esquerda, todos governantes do Estado de São Paulo traíram os paulistanos, com o claro objetivo de domina-los e escraviza-los, através do monopólio da água potável.

A água é um bem público, que não pode ser monopolizado por ninguém, sejam empresas, partidos, governos, indivíduos ou grupos, como ocorre em São Paulo, onde a SABESP monopoliza a água, aproveitando-se da criminosa e proposital poluição dos rios. Além disso, a SABESP abriu o capital, para vender os nossos destinos e misérias, a quem a custa deles queira lucrar.

Os paulistanos foram complacentes com seus algozes ao permitir o criminoso monopólio da água potável, promovido pela Classe política, com claro intuito de tiranizar e escravizar o povo.

Doravante, precisamos saber resistir às investidas dos escravocratas, que certamente tentarão nos impor outros monopólios, para tiranizar nossas vidas.

A poluição proposital dos históricos rios de São Paulo, de onde partiram os bandeirantes, para conquistar o nosso solo, é crime continuado, imperdoável, contra o qual o sonolento Ministério Público e as Forças Armadas devem posicionar-se.

Antes tarde do que NUNCA!

Abaixo a Ditadura do Crime!

Antônio José Ribas Paiva é Presidente da Associação dos Usuários de Serviços Públicos.
Posted: 04 May 2015 03:29 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira

Nem todos nascem príncipes ou princesas.

Num país decente não pode faltar alimentação adequada na primeira infância.

Com boa saúde a criança está apta para o aprendizado.

Primeira lição: respeitar os pais e pátria abençoada.

Noções de higiene, alfabetização, rudimentos de aritmética, conceitos de dinheiro, moeda, valor e preço.

Os interesses e aptidões surgem naturalmente.

Ouvir música clássica, noções de geografia e história.

Aprender um ofício. Noções de liberdade, honra, deveres e direitos.

Aprendizado de conceitos abstratos: Nação, Estado, Soberania, Organização Política.

Viver honestamente; dar a cada um o que é seu; não lesar a outrem.

Está formado o cidadão. Para o cavalheiro ainda faltam algumas lições.

Ética, poética, retórica, estética, aprendizado da língua italiana. Estudar os conceitos do Belo, do Bom e do Justo.

Entender o significado de ser a vida breve e arte duradoura.

Entender as diversas formas de amor:

Amor a Deus, amor a Pátria, amor filial, amor fraterno, amor conjugal, amor pelos descendentes como forma de perpetuação de seus gens, amor pela verdade.

Aceitar a finitude (talvez sem a genialidade dos que escreveram seus próprios réquiens).

Seguir o caminho, a fé e a luz. Então, ao epitáfio singelo fará jus: “Vixit”.


Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
Posted: 04 May 2015 03:27 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Henrique Abrão

A briga pelo poder almeja um resultado, em que a sociedade civil prestigie a melhoria das suas condições, sem a precariedade dos serviços públicos, o aspecto nervoso da estagflação, a desabrida corrupção, e o mare nostrum de indefinições que o futuro encerra.

Alguns imputam toda a matéria da imprensa ao chamado grupo da zelite que tem uma influencia fantástica em querer manipular a opinião pública com receio que os companheiros se instalem novamente na direção do País. A bagunça generalizada da qual participamos somente tem um nome: a irresponsabilidade que governa e preside a nossa esfrangalhada democracia.

Entretanto, qual a similitude, se é que existe, entre as zelites e os zelotes, fácil pressupor que os sonegadores de fato e de direito são grandes empresários e macroempresas pertencentes às elites, e não à classe média, a mais sacrificada e apedrejada no momento da conjuntura nebulosa da economia.

Ninguém sabe a fundo quanto de dinheiro envolve a falcatrua dos zelotes, hospedada na administração pública, na facilitação de recursos administrativos, de tributos federais, mas uma coisa é absolutamente certa: nova e entusiasticamente quem faz a sangria não é o pequeno empresário, ou o micro produtor, mas sim o que tem poder de barganha e se aproxima do poder para a promíscua troca de favores entre ambos.

Poderes econômico e político, ambos diluídos e corrompidos ao longo dos anos, que tornam as zelite e os zelotes parceiros comum, amigos de camarote e bons negociadores contra o erário público. Não são as elites que temem a volta ou a continuidade do que está por aí no trágico momento da história brasileira, mas pura e simplesmente a classe média e baixa - literalmente afetadas pelos descalabros da água, da luz, da saúde, do petrolão, do mensalão, dos zelotes...

Mas as zelites não tem nada a perder: elas praticam todos os atos e logo podem contratar os melhores profissionais e ingressar com tantos habeas corpus que pretenderem. Se não der certo tem a rota de fuga, qualquer país poderá acolher aqueles endinheirados.

Enquanto o Brasil desenvolvido não conversa ou dialoga com aquele subdesenvolvido ou em desenvolvimento o que observamos e assistimos é uma onda de violência e aumento degradante de preços e redução drástica de salários, mais ainda com a perspectiva da terceirização.

As elites já fizeram as suas chagas no Brasil e não permitiram seu amplo discernimento da verdade, não impregnaram bem a saúde,educação e cultura. Ao contrário, deram esmolas e migalhas, mas os zelotes fazem parte do mesmo time, da idêntica confraria e do papel de retardar e muito a libertação do País de suas amarras.

O que se pretende dizer é que um País não cresce, não amadurece ou se torna potência global quando estiver submerso nos escândalos e bandalheiras de grupelhos os quais se cercam do poder para a rapinagem.

Excesso de tributação, nenhum crescimento, estonteamento das contas públicas, todos esses ingredientes levam ao diálogo entre as zelites e os zelotes. De um lado um time treinado que conhece bem as lacunas e brechas da legislação, doutro um conjunto da fina cepa e pura nata do empresariado que somente pretende reduzir pela via ilegal as tributações feitas pelo leão no Estado envelhecido que não se modernizou.

Enquanto continuarmos nessa esfera pendular de agir, com as elites dominantes sugando o que há de melhor no País e os zelotes sonegando recolhimento de tributos, a desarmonia será nossa principal bandeira empunhada por uma pequeno grupo que é avantajadamente preparado para praticar desmandos.

O receio de prosseguirmos no estado de calamidade geral, portanto, não é das zelites e nem dos zelotes, mas da classe média e da classe em ascensão as quais não podem praticar falcatruas e são tributadas na fonte, e constantemente notam o empobrecimento com a inflação em alta, nada de crescimento e demissões em massa.

O fim dessa trama nauseabunda das elites com os zelotes é ponto de honra para o Brasil se libertar da secular escravidão de um modelo de governabilidade em decadência, corrupto e deletério ao interesse público.


Carlos Henrique Abrão, Doutor em Direito pela USP, com Especialização em Paris e Pesquisador na Alemanha, é Desembargador no Tribunal de Justiça de São Paulo.
Posted: 04 May 2015 03:26 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Humberto de Luna Freire Filho

Gostaria de saber do Chefe de Redação ou do Conselho Editorial do meu Estadão, qual a real posição do ex presidente Fernando Henrique Cardoso.

Em sua coluna desta semana, intitulada "Desvendar a trama", ele fala uma coisa  e na verdade faz outra. Isso não acontece de agora. Um deslize que pudesse ser creditado a sua avançada idade.

A incoerência de FHC já vem desde o mensalão em 2005. O faça o que digo, não faça o que faço chega a manchar a credibilidade do espaço que esse prestigioso jornal lhe dá.

Será que um dia ele vai desvendar a trama? Posso ajudar!!!

Releia: Quem tem medo de Lula?



Humberto de Luna Freire Filho é Médico.
Posted: 04 May 2015 03:25 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Fernando Henrique Cardoso

Eu preferiria não voltar ao tema arquibatido das crises que nos alcançaram. Mas é difícil. Vira e mexe, elas atingem o bolso e a alma das pessoas. Na última semana o início de recessão repercutiu fortemente sobre a taxa de desemprego. Considerando apenas as seis principais metrópoles, ela atingiu 6,2%, a maior taxa desde 2001. A Petrobrás, ao tentar virar uma página de sua história recente, pôs em evidência que o "propinoduto", enorme (R$ 6 bilhões), é incomparavelmente menor do que o "asnoduto", dos projetos megalômanos e mal feitos: R$ 40 bilhões. São cifras casadas, pois quanto piores ou mais incompletos os projetos de obras, mais fácil se torna aumentar seu custo e desviar o dinheiro para fins pessoais ou partidários.


O setor elétrico foi vítima de males semelhantes (só à Petrobrás as "pedaladas" da Eletrobrás custaram R$ 4,5 bilhões). E não é o único setor em que os desmandos se vêm tornando públicos. Se algum dia se abrirem as contas da Caixa Econômica, vai-se ver que o FGTS dos trabalhadores deu funding para uma instituição bancária pública fazer empréstimos de salvamento a empreendimentos privados quebrados. No caso do BNDES, a despeito da competência de seus funcionários, emprestou-se muito dinheiro a empresas de solvabilidade discutível, também com recursos do FAT, ou seja, dos trabalhadores (ou dos contribuintes), oriundos do Tesouro.

No afã de "acelerar o crescimento" usando o governo como principal incentivo, as contas públicas passaram a sofrer déficits crescentes. Pior, dada a conjuntura internacional negativa e o pouco avanço da produtividade nacional, também as contas externas apresentam índices negativos preocupantes quando comparados com o PIB brasileiro (cerca de 4%, com viés de alta). Pressionado pelas circunstâncias o governo atual teve de entregar o comando econômico a quem pensa diferente dos festejados (pelos círculos petistas e adjacentes) autores da "nova matriz econômica". Esta teria descoberto a fórmula mágica da prosperidade: mais crédito e mais consumo. O investimento, ora, é consequência do consumo... Sem que se precisasse prestar atenção às condições de credibilidade das políticas econômicas.

As consequências estão à vista: chegou a hora de apertar os cintos. Como qualquer governo responsável - antes se diria, erroneamente, neoliberal -, o atual começou a cortar despesas e a restringir o crédito. Há menos recursos para empréstimos, mais obras paradas, maior desemprego, e assim vamos numa espiral de agruras, fruto da correção dos desacertos do passado recente.

Para datar: essa espiral de enganos começou a partir dos dois últimos anos do governo Lula. Agora, na hora de a onça beber água, embora sem reconhecer os desatinos, volta-se ao bom senso. Mas, cuidado, é preciso que haja senso. Ajuste fiscal às cegas, sem confiança no governo, sem horizontes de crescimento e, pois, com baixo investimento é como operação sem anestesia. Pior: política econômica requer dosagem e nem sempre os bons técnicos avaliam bem a saúde geral do País. Também o cavalo do inglês aprendeu a não comer, só que morreu.

Não quero ser pessimista. Mas o que mais falta faz neste momento é liderança. Gente em quem a gente creia, que não só aponte os caminhos de saída, mas comece a percorrê-los. Não estou insinuando que sem impeachment não há solução. Nem dizendo o contrário, que impeachment é golpe. Estou apenas alertando que as lideranças brasileiras (e escrevo no plural) precisam dar-se conta de que desta vez os desarranjos (não só no plano econômico, mas no político também) foram longe demais.

Reerguer o País requer primeiro passar a limpo os erros. Não haverá milagre econômico sem transformação política. Esta começa pelo aprofundamento da Operação Lava Jato, para deixar claro por que o País chegou aonde chegou. Não dispensa, contudo, profundas reformas políticas.

Não foram os funcionários da Petrobrás os responsáveis pela roubalheira (embora alguns nela estivessem implicados). Nenhuma diretoria se mantém sem o beneplácito dos governos, muito menos o dinheirão todo que escapou pelo ralo foi apropriado apenas por indivíduos. Houve mais do que apadrinhamento político, construiu-se uma rede de corrupção para sustentar o poder e seus agentes (pessoas e partidos).

Não adianta a presidente dizer que tudo agora está no lugar certo na Petrobrás. É preciso avançar nas investigações, mostrar a trama política corrupta e incompetente. Não foi só a Petrobrás que foi roubada, o País foi iludido com sonhos de grandeza nacional enquanto a roubalheira corria solta na principal companhia estatal do País.

Quase tudo o que foi feito nos últimos quatro mandatos foi anunciado como o "nunca antes feito neste país". É verdade, nunca mesmo se errou tanto em nome do desenvolvimento nacional e jamais se roubou tanto sob a proteção desse manto encantado. Embora os diretores da Petrobrás diretamente envolvidos na roubalheira devam ser punidos, não foram eles os responsáveis maiores. Quem enganou o Brasil foi o lulopetismo. Lula mesmo encharcou as mãos de petróleo como arauto da falsa autossuficiência. E agora, José? Não há culpabilidade política? Vai-se apelar aos "exércitos do MST" para encobrir a verdade?

É por isso que tenho dito que impeachment é uma medida prevista pela Constituição, pela qual não há que torcer nem distorcer: havendo culpabilidade, que se puna. Mas a raiz dos desmandos foi plantada antes da eleição da atual presidente. Vem do governo de seu antecessor e padrinho político.

O que já se sabe sobre o petrolão é suficientemente grave para que a sociedade repudie as forças e lideranças políticas que teceram a trama da qual o escândalo faz parte. Mas é preciso que a Justiça não se detenha antes que tudo seja posto às claras. Só assim será possível resgatar os nossos mais genuínos sentimentos de confiança no Brasil e no seu futuro.


FHC, Sociólogo, foi Presidente da República. Originalmente publicado no Estadão e em O Globo em 3 de maio de 2015.
Posted: 04 May 2015 03:24 AM PDT
Marxismo segundo Marx? Ou segundo Marilena?

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I.S. Azambuja

Marilena Chauí, uma professora universitária sofista, relativista e mentirosa. Tudo, é claro, em nome da “causa”

“Lula não é comunista. Ele é, na nova moldura petista, um socialista revolucionário, amante da democracia radical onde, segundo a socióloga e ideóloga petista Marilena Chauí, o conflito é um aspecto imanente. Ela se refere à luta de classes ou, de forma mais ampla, ao conflito entre a ‘classe dominante’ ou ‘bloco histórico no poder’ versus ‘os excluídos’ ou ‘novo bloco histórico’ que  luta pelo poder” (artigo “Rememorar uma velha história sabida”, de José Luiz Sávio Costa, in memorian).
“Não digo que Marilena Chauí, a doida, perdeu a noção da realidade porque ela nunca teve noção de nada, é uma sem-noção. Mas as alucinações dessa emblemática figura estão ficando cada vez mais, digamos, agudas. Nessa última crise imaginou Luis Ignorácio Mula Não Sabia de Nada da Silva sendo vítima de um golpe de Estado. Tal acontecimento, na cabeça da perturbada, já contaria com 200 mortes! Que vamos fazer para salvar a humanidade? – perguntou a si mesma a maluca. Antes de buscar em seu ser iluminado uma brilhante idéia para resolver o problema humano com o qual se deparava, deu-se conta de que se tratava apenas de um avião que tinha caído e matado quase 200 pessoas. Só isso!(?) A alucinada então respirou aliviada. Mas até agora dúvidas cruéis a acompanham: - Será que realmente as pessoas morreram por causa da queda do avião ou essa é mais uma campanha da grande mídia para nos enganar, e continuar nos explorando, e derrubar o nosso iluminado presidente? Será mesmo que o avião caiu? Será que tudo isso não é mais uma construção fantasmagórica da mídia? E põe-se a filosofar: "acredito que ninguém morreu, esse é um ponto de vista burguês, essas mortes são invenções, assim como a crise aérea e a queda dos últimos dois aviões. O real não é constituído por coisas. Nossa experiência direta e imediata nos leva a imaginar que o real é constituído por coisas, mas não é bem assim, a não ser que as coisas sejam de esquerda, revolucionárias... “(“Do Pueril ao Senil: sem Escala e sem Queda – e Vice-Versa”, Otto Cavalcante)
Segundo os jornais de 31 de julho de 2007, a dona Marilena Chauí, professora da Universidade de São Paulo e filósofa orgânica do Partido dos Trabalhadores, declarou que “a imprensa montou um cenário de golpe de Estado durante a cobertura do acidente com o avião da TAM, em São Paulo.

A grande mídia foi montando, primeiro um cenário de guerra e, depois, de golpe de Estado”. Isso ela escreveu no texto “A Invenção da Crise”, publicado no site do jornalista Paulo Henrique Amorim, outro petista de carteirinha.
Esse, segundo a dona Marilena, “é simplesmente mais um episódio do fato da mídia e certos setores oposicionistas não admitirem a legitimidade da reeleição de Lula”. 
Recorde-se que em 2006 a dona Marilena usou o mesmo chavão, dizendo que o mensalão “foi uma construção fantasmagórica da mídia”, ignorando que 40 quadrilheiros foram denunciados ao STF pelo Procurador-Geral da República como os responsáveis pela tal “construção fantasmagórica”, sendo um deles – Marcos Valério - condenado a 40 anos de prisão.

Também “o guerreiro do povo brasileiro” - José Dirceu – e José Genuino, ambos ex-presidentes do Partido dito “dos trabalhadores”, foram também condenados.
Para dona Marilena, as publicações de diversos jornais sobre o acidente com o avião da TAM, bem como a falta de respeito de Marco Aurélio Garcia, também professor da Unicamp e assessor para assuntos internacionais do governo Lula, fazendo gestos obscenos de uma das janelas do Palácio do Planalto, bem como as frases dos ministros Guido Mantega, que classificou a crise nos aeroportos como “sinal de prosperidade econômica” (a governadora Roseana Sarney, do Maranhão, também agora, em 2014, disse essa mesma frase referindo-se à total falta de segurança em seu Estado) e da ministra do turismo (cargo adequado à sua personalidade), Marta Suplicy, que sugeriu às famílias que passavam horas, dias e noites nos aeroportos, esperando seus vôos, muitas vezes acompanhadas de crianças e pessoas doentes, para que “relaxem e gozem”, eram um exagero da mídia que inventou a crise aérea.
Em um texto intitulado Invenção da Crise (http://betobiologia.blogspot.com), a dona Marilena comparou a explosão do avião, noticia dada por todos os canais de TV, contra o prédio da TAM, com o bombardeio ao Palácio La Moneda, no Chile, em 11 de setembro de 1973 (sic) imaginando a ocorrência de uma guerra civil ou de um golpe de Estado. “Em certos casos” – escreveu ela – a atitude (dos canais de TV) chegou ao ridículo, estabelecendo relações ente o acidente da TAM, o governo Lula, Marx, Lenin e Stalin, mais o Muro de Berlim”(!). 
Essa mulher tem que ser internada urgentemente... Coitados de seus alunos!
De resto, como o título do seu texto indica, a crise aérea não passa de uma invenção da mídia.
A uma pergunta de Paulo Henrique Amorim (http://betobiologia.blogspot.com) se ela, dona Marilena, vislumbra “sinais de uma nova (sic) tentativa de impeachment”, respondeu afirmativamente, pois “a mídia e setores da oposição política ainda estão inconformados com a reeleição de Lula e farão durante o segundo mandato o que fizeram durante o primeiro, isto é, a tentativa contínua de um golpe de Estado. Tentaram desestabilizar o governo usando como arma as ações da Polícia Federal e do Ministério Público e, depois, com o caso Renan”.
Ela - uma professora universitária - confunde o impeachment com golpe de Estado! Novamente: coitados de seus alunos!
É oportuno recordar que em 2005, no seminário “O Silêncio dos Intelectuais”, a dona Marilena fez jus ao título do seminário, mantendo-se calada.
Todos conhecem os fatos que a dona Marilena chama de “tentativa de golpe”. Nesse seminário, instada a falar sobre eles, a comentar as notícias sobre corrupção do partido ao qual pertence, o PT, a professora da USP disse que não haviam dados suficientes para fazer um julgamento.
Segundo ela, não era possível confiar nos meios de comunicação, pois estes eram pautados por “organismos tucanos”. De qualquer forma, aduziu, “se culpa havia, não era do PT, mas do próprio sistema político brasileiro, no qual o presidente nunca tem maioria no Congresso e é obrigado a negociar com os partidos” –, como se a única forma de estabelecer essa negociação política fosse subornando deputados, dando-lhes dinheiro, configurando um “mensalão”, como denunciou o deputado Roberto Jeferson e, como depois, foi comprovado no julgamento realizado pelo STF.
Finalmente, recorde-se um capítulo nebuloso da vida acadêmica de dona Marilena e a justificativa que deu sobre o fato quando, de certa feita, dona Marilena, musa da esquerda nacional, foi denunciada por plágio por José Guilherme Merquior. Plagiou textos inteiros do ex-namorado Claude Lefort – e depois se justificou dizendo que “entre os lençóis seria difícil saber o que é de quem”.

Não deixa de ser hilário e, como disse a então ilustre ministra do Turismo, Marta Suplicy, “relaxa e goza”.
Sobre os mais de 200 mortos no acidente da TAM, nem uma palavra até hoje... ignorando. 

Carlos I.S. Azambuja é Historiador.

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